ATA DA PRIMEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 20-12-2004.

 


Aos vinte dias do mês de dezembro de dois mil e quatro, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e trinta minutos, foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Nereu D'Avila, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Sofia Cavedon. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, Maria Celeste, Mário Fraga, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Sebastião Melo e Wilton Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Centésima Oitava Sessão Ordinária, da Sexagésima Segunda Sessão Solene e da Décima Sexta Sessão Extraordinária da Décima Terceira Legislatura, que foram aprovadas. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador João Bosco Vaz, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, tendo a Senhora Presidenta declarado empossado na vereança o Suplente Mário Fraga, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e, em face de Questões de Ordem formuladas pelo Vereador Reginaldo Pujol, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca do processo de discussão e votação do Projeto de Resolução nº 114/04. Na ocasião, o Vereador Reginaldo Pujol formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às quatorze horas e trinta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e cinqüenta e três minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Após, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pela Senhora Presidenta, com referência ao Projeto de Resolução nº 114/04 (Processo nº 5207/04): de autoria do Vereador Elói Guimarães, solicitando votação em destaque para a Emenda nº 02, e de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 10, 11, 13, 16, 17, 23, 24 e 25. Na ocasião, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Maria Celeste, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando a retirada de votação em destaque para a Emenda nº 10 aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04 (Processo nº 5207/04). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 114/04, com ressalva das Emendas, Subemendas e destaques a ele apostos, após ser discutido pelos Vereadores Reginaldo Pujol, Maria Celeste, Sebastião Melo, Elói Guimarães, João Antonio Dib, Cláudio Sebenelo, Sofia Cavedon, Raul Carrion, Luiz Braz e Professor Garcia e encaminhado à votação pelos Vereadores Reginaldo Pujol e Elói Guimarães. Durante a apreciação do Projeto de Resolução nº 114/04, o Vereador Aldacir Oliboni cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Sebastião Melo. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 03, 04, 06, 07, 08, 10, 12, 14, 15, 18, 19, 20 e 21, apostas ao Projeto de Resolução nº 114/04. Foi aprovada a Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por vinte e seis votos SIM e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador Renato Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Mário Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sofia Cavedon e Wilton Araújo e optado pela Abstenção a Vereadora Maria Celeste e o Vereador Sebastião Melo. Na ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Elói Guimarães, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos sobre a votação da Emenda nº 02, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, tendo os Vereadores Sebastião Melo e Maria Celeste manifestado-se sobre o assunto. Foi rejeitada a Emenda nº 09, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por dois votos SIM, dezenove votos NÃO e cinco ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelo Vereador Professor Garcia, em votação nominal solicitada pela Vereadora Clênia Maranhão, tendo votado Sim os Vereadores Haroldo de Souza e Wilton Araújo, Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Pedro Américo Leal, Professor Garcia, Renato Guimarães e Sebastião Melo e optado pela Abstenção os Vereadores Dr. Goulart, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, Mário Fraga e Nereu D'Avila. Na oportunidade, o Vereador Sebastião Melo formulou Questão de Ordem acerca do teor da Emenda nº 09, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04. Foi aprovada a Emenda nº 11, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Carlos Pestana, Sebastião Melo e Luiz Braz. Na ocasião, o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando correção na redação final da Emenda nº 11 pela Comissão de Constituição e Justiça. Foi rejeitada a Emenda nº 13, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por trinta votos NÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mário Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Professor Garcia, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Wilton Araújo. Foi rejeitada a Emenda nº 16, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por três votos SIM e dezenove votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Sebastião Melo, João Carlos Nedel, Sofia Cavedon e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Carlos Pestana, tendo votado Sim os Vereadores Cláudio Sebenelo, Luiz Braz e Sebastião Melo e Não os Vereadores Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mário Fraga, Pedro Américo Leal, Professor Garcia, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Wilton Araújo. Foi aprovada a Emenda nº 17, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, após ser encaminhada à votação pelo Vereador Raul Carrion. Na oportunidade, o Vereador Raul Carrion formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando correção na redação final da Emenda nº 17 pela Comissão de Constituição e Justiça. Foi aprovada a Emenda nº 23, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04. Foi rejeitada a Emenda nº 24, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por vinte e dois votos SIM e dois votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores João Antonio Dib, Sebastião Melo, Nereu D'Avila, Elói Guimarães, Raul Carrion e Luiz Braz, em votação nominal solicitada pelo Vereador Nereu D'Avila, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Dr. Goulart, Ervino Besson, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mário Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Renato Guimarães, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Wilton Araújo e Não os Vereadores Elói Guimarães e Haroldo de Souza. Durante seu encaminhamento à votação da Emenda nº 24, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora Presidenta, solicitando correção na redação final dessa Emenda pela Comissão de Constituição e Justiça. Foi aprovada a Emenda nº 25, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por vinte votos SIM, dois votos NÃO e quatro ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Raul Carrion e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo Vereador Renato Guimarães, tendo votado Sim os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mário Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sofia Cavedon e Wilton Araújo, Não os Vereadores Professor Garcia e Raul Carrion e optado pela Abstenção os Vereadores Dr. Goulart, Ervino Besson, João Antonio Dib e Sebastião Melo. Foi rejeitada a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04, por dez votos SIM e treze votos NÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado Sim os Vereadores Beto Moesch, Dr. Goulart, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mário Fraga, Nereu D'Avila, Pedro Américo Leal e Reginaldo Pujol e Não os Vereadores Aldacir Oliboni, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Professor Garcia, Raul Carrion, Renato Guimarães, Sofia Cavedon e Wilton Araújo. Foi aprovada a Emenda nº 22, aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04. Na ocasião, os Vereadores Luiz Braz e Ervino Besson manifestaram-se acerca da votação da Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Resolução nº 114/04. Às dezoito horas e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezoito horas e nove minutos, constatada a existência de quórum. Em prosseguimento, a Senhora Presidenta convidou os Senhores Vereadores para Reunião do Colégio de Líderes, amanhã, às dez horas, para deliberação acerca de Projetos pendentes. Também, convidou a todos para, amanhã, às dezesseis horas, o descerramento da placa denominativa do Plenário Ana Terra; para coquetel de confraternização entre funcionários e Vereadores, às dezesseis horas e trinta minutos; e para eventos a serem realizados no Teatro Glênio Peres. Às dezoito horas e doze minutos, nada mais havendo a tratar, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores Titulares para a Reunião Ordinária da Comissão Representativa, na próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora Margarete Moraes e pelo Vereador João Carlos Nedel e secretariados pelos Vereadores João Carlos Nedel e Luiz Braz. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Vereadores presentes.

 

 


A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Bosco Vaz solicita Licença para Tratamento de Saúde para o dia 20 de dezembro de 2004.

 

(Obs.: Foi apregoado Requerimento de licença do Ver. João Bosco Vaz e dada a posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N.º 5207/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 114/04, de autoria da Mesa Diretora, que altera o texto em vigor da Resolução n.º 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre). Com Emendas n.ºs 01 a 25 e Subemenda n.º 1 à Emenda n.º 11.

 

Parecer:

- da Comissão Especial. Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 03, 04 e 06 a 21 e pela rejeição das Emendas n.ºs 01; 02; 05 e da Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 03.

 

Observações:

- votação nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 13-12-04;

- prejudicada a votação das Emendas n.ºs 01; 02; 05 e da Subemenda n.º 01 à Emenda n.º 03, nos termos do art. 55 do Regimento da CMPA.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº 114/04.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Para um esclarecimento. Vencida essa discussão, imediatamente nós passaremos para a votação, ou terá que haver uma nova Sessão?

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Vencida a discussão, passaremos para a votação. Há discussão. Ninguém discutiu.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: É o último dia de discussão?

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): É o último dia, mas todos abriram mão da discussão nas Sessões anteriores. Então a discussão está aberta para todos os Vereadores e depois passaremos aos encaminhamentos.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vamos discutir as Emendas uma a uma?

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Há Emendas de nºs 01 a 25 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Vereadora-Presidente, eu solicitaria a V. Exª que nos concedesse dois ou três minutos para nós nos orientarmos quanto à matéria.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Pois não. Estão suspensos os trabalhos, conforme solicitação do Ver. Reginaldo Pujol.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h39min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 14h53min): Estão reabertos os trabalhos.

Consulto os Vereadores Reginaldo Pujol e Maria Celeste para que possamos dar prosseguimento a esta Sessão Extraordinária.

 

A SRA. MARIA CELESTE (Requerimento): Vereadora-Presidente, Margarete Moraes, nós conseguimos, consensualmente, fazer um acordo para que a discussão e votação do Projeto sejam feitas da seguinte forma: a votação do Parecer da Comissão; as Emendas que têm Pareceres favoráveis pela Comissão, sem destaques, que sejam votadas em blocos. Aquelas Emendas que, mesmo com Parecer favorável, tenham sido destacadas, devem ser avaliadas, analisadas e encaminhadas uma a uma pelo Plenário. Esta é a nossa proposta de votação, inclusive seguindo essa ordem de votação aqui, de Pareceres.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o Requerimento apresentado pela Verª Maria Celeste, em comum acordo com o Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, o que foi concertado pelas Lideranças, há poucos minutos, corresponde ao grau de entendimento da importância do que estamos realizando nesta tarde. Nós não poderíamos deixar terminar esta Legislatura sem que oferecêssemos à Casa, e especialmente àqueles que haverão de estar, a partir de 1º de janeiro, compondo este sodalício, já com 36 Vereadores, os instrumentos mínimos indispensáveis para que a normalidade das nossas atividades pudessem se desenvolver.

É evidente que grande parte das alterações introduzidas no Regimento é fruto de longa duração e longo debate por uma Comissão que trabalhou sobre essa matéria por cerca de dois anos e que acabou, Ver. Oliboni, tendo que cumprir uma tarefa emergencial, de pura adequação à nova realidade desta Casa, que, de 33 Vereadores, terá 36 integrantes. Restaram poucas polêmicas, até porque este Regimento que nós estamos elaborando hoje não é uma verdade definitiva, é uma verdade que se impõe na realidade dos dias presentes. Esta é a primeira etapa da discussão para a votação do Projeto em si, Projeto que reproduz, Ver. Dib, grande parte do que já está escrito no nosso Regimento, que inclui adequações absolutamente indispensáveis na medida em que foram diplomados 36 novos Vereadores, e a Casa, toda ela, é estruturada para 33 Vereadores, Ver. Pedro Américo, como V. Exª sabe, pela sua longa permanência aqui nesta Casa, permanência que só se interrompe com o nosso protesto, porque nós gostaríamos que V. Exª continuasse ilustrando o debate político nesta Casa, com as suas posições sempre claras e precisas. Só nos tranqüiliza a circunstância de saber que a sua descendência estará aqui a partir de 1º de março, e, com isso, a tradição será mantida.

Mas essas adequações, absolutamente indispensáveis, são de uma simplicidade absoluta. Não se pode esquecer de que, há pouco tempo, já o Ver. Nereu D’Avila e o Ver. Pedro Américo Leal, em conjunto, fizeram um trabalho magnífico, que trouxe vários aperfeiçoamentos para o Regimento.

Então, hoje, além do adequamento que se faz à nova realidade, algumas pequenas mudanças são introduzidas. As polêmicas fazem parte de emendas que já foram devidamente destacadas pelas Lideranças de Bancada ou por aqueles Vereadores, como o Ver. Professor Garcia, que, tempestivamente, buscou destacar uma emenda, para que ela pudesse merecer um debate especial, uma discussão especial e uma votação especial; uma emenda cujos efeitos, entende o Ver. Professor Garcia, como Líder da Bancada do Partido Socialista Brasileiro, prejudicam as minorias da Casa, e se prejudica as minorias da Casa, o destaque tem a minha simpatia, dado que, junto com o Vereador Garcia, nós estamos há muito tempo sendo os grandes Líderes da “Bancada-de-um-homem-só”.

Obviamente, a mudança do quadro não modifica a nossa linha de raciocínio. Então, essas colocações são absolutamente pertinentes, e nada obsta a que a gente vença, com toda a tranqüilidade, Srª Presidente, essa primeira etapa, aprovando o Projeto em bloco, com as Emendas aprovadas, recomendadas pela Comissão, relatadas pela Verª Maria Celeste, conseqüentemente liquidando com grande parte da tarefa que nos cabe realizar nesta convocação extraordinária. Restará o quê? Restarão cerca de dez Destaques, os quais serão, pela sua importância, discutidos isoladamente, caso a caso, encaminhados caso a caso e deliberados dentro ainda desta tarde, que é uma tarde importante, porque faz essa tarefa importante, e caracteriza, mais uma vez, a responsabilidades desta Casa, que não ganha um centavo para estar reunida aqui, em convocação extraordinária, que já passou, inclusive, esse exemplo para outros níveis de Poder neste País, e que, evidentemente, tem autoridade e respeito suficiente para dizer: agora, no dia 20 de dezembro, nós estamos assegurando ao Município de Porto Alegre que o seu Legislativo terá um Regimento Interno adequado às suas necessidades. Era isso, Srª Presidente.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Apregôo o Requerimento de autoria do Ver. Elói Guimarães, solicitando destaque para a Emenda nº 02 ao PR nº 114/04.

Apregôo Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste, solicitando destaque para as Emendas nº 10, 11, 13, 16, 17, 23, 24 e 25, ao PR nº 114/04.

A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, já estamos no final do segundo ano discutindo essa importante matéria, nesta Casa. Quero relembrar aos nobres Vereadores que fizeram parte dessa Comissão que, também, no final do ano passado, discutimos com uma Comissão Especial, com a representação de todas as Bancadas, a proposição de alteração do Regimento Interno. Essa matéria é extremamente polêmica e extremamente difícil para todos os Vereadores, e gostaria que, no decorrer dessa discussão, nós possamos - Ver. Pedro Américo Leal, que tem aqui uma longa história, uma trajetória de vida nesta Casa, que conhece muito bem o Regimento desta Casa -, estar muito atentos às propostas de alteração. Há propostas de mais de 25 Emendas, com mais de cinco Subemendas ao Projeto original. Portanto é uma matéria extremamente polêmica que demanda um elevado potencial de cuidado da nossa parte. Por isso, fiz todo o empenho para que tivéssemos uma Sessão especial a fim de que pudéssemos analisar com muita calma, com muita tranqüilidade cada proposta desse novo Parecer. Esse Parecer que nós tivemos na Comissão, sob a Presidência do Ver. Luiz Braz, traz no bojo muita adequação formal do Regimento anterior, nada de grande expressão, mas há itens realmente polêmicos que nós precisamos avaliar com todo cuidado.

O objetivo desta Comissão e a proposta da Diretoria Legislativa desta Casa são dinamizar o trabalho deste Plenário, para que possamos cada vez mais votar os projetos com mais agilidade, contornando os problemas que acontecem a cada votação desta Casa na condução dos trabalhos. Agora, conseguimos também compor um acordo para fazer uma votação daquelas emendas em bloco, que foram aprovadas, e de consenso entre todas as Bancadas e todos Vereadores; que possamos então fazer, num primeiro momento, essa votação, passando, logo a seguir, a discutir uma a uma as Emendas que não são consensuais, em que há divergências das Bancadas em relação ao conteúdo, à matéria, à natureza dessas proposições apresentadas. Nós tivemos um árduo trabalho nesta Comissão, envolvendo todas as Bancadas, para que pudéssemos ter um maior entendimento, uma maior clareza na redação dos dispositivos apresentados.

Fizemos um longo trabalho no decorrer desse final de bimestre, nesta Casa, para que pudéssemos trazer, então, para os nobres Pares a avaliação deste Relatório. Peço então aos Vereadores que aprovem o conteúdo do Relatório, com as alterações, as propostas, as emendas - aprovadas e rejeitadas, conforme o Parecer desta Relatora, e também na forma como nós acordamos aqui neste plenário -, para que possamos avaliar aquelas emendas em que não há consenso, que possamos avaliar uma a uma para que efetivamente possamos ver o dispositivo a que aquela Emenda recorre. Nós trabalhamos várias questões, como o Grande Expediente, um tema polêmico nesta Casa, como a questão das premiações, uma discussão de títulos, uma discussão que todos os Vereadores vêm propondo, vêm trazendo nas suas falas, que esta Casa possa ser mais dinâmica, que não seja uma Casa só de entrega de prêmios, que só preste homenagens, mas que possa ter uma dinâmica muito mais próxima da comunidade também, aprovando os projetos com rapidez, como a Cidade precisa e merece.

Então, todas essas questões foram subsídios de grandes debates nesta Comissão, e hoje nós trazemos aqui para o Plenário para que possamos avaliar. Peço aos meus nobres Pares que possamos verificar uma a uma essas propostas que trazem, com muito cuidado, com muita atenção, porque é o nosso Regimento Interno, um instrumento poderoso para todos nós, Vereadores e Vereadoras, principalmente para os Vereadores e Vereadoras da nova Legislatura que iniciará. Muito obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, meus colegas Vereadores e Vereadoras, esta proposta, Ver. Elói Guimarães, de Regimento, é antiga. Na verdade, o Regimento, com o passar do tempo, vai tendo de ser adaptado por questões novas que acabam acontecendo no Plenário. Mas se é uma coisa que todo o mundo tem consenso nesta Casa, independente do Partido e da posição política, é que o Regimento deve ser mudado para agilizar os trabalhos da Casa, mas mais do que agilizar, que ele possa, Ver. Nedel, contribuir para que as questões do dia-a-dia do cidadão sejam mais discutidas aqui, tanto nas Comissões quanto no plenário desta Casa. Então vou pegar um aspecto aqui, Verª Maria Celeste, V. Exª que foi Relatora, se depender da minha opinião, eu quero dizer que vou, na próxima Legislatura, Ver. Sebenelo, estudar, talvez coletivamente com alguns Vereadores, o modo de mudar a Lei Orgânica para que determinadas matérias sejam terminativas nas Comissões, como, por exemplo, títulos, nomes de ruas, o que não está em discussão aqui, agora. Mas se ela não está em discussão aqui, agora, desta forma, porque ela depende da Lei Orgânica, nós tivemos um avanço.

O nome de rua, por exemplo, com o novo Regimento, Ver. Elói, vai ser votado em bloco e apenas com encaminhamento, não terá discussão. Isso agiliza para limpar a Pauta, Ver. Pestana, para que se possa entrar em temas que, na minha avaliação, dizem respeito ao dia-a-dia do cidadão. Então, se por um lado nós não estamos chegando terminativamente nas Comissões, por outro, houve um avanço.

Vejam, por exemplo, a questão das Comissões. Nós temos hoje espaços diminutos. Todos aqui, de certa forma, ao longo dos seus mandatos, já presidiram Comissão. Que coisa horrível, chata, as pessoas, Ver. Guilherme, querem participar de uma reunião da Comissão e não haver espaço para que elas participem.

Então há uma proposta magnífica do Sandro, por exemplo, para que as reuniões das Comissões sejam, às vezes, umas à tarde, outras pela manhã. Com isso, se fundiriam os espaços das Comissões, e, com o dobro do espaço, criando, com isso, um miniplenarinho para os grandes debates. Então, vejam que é um avanço importante, porque nas Comissões Temáticas é que eu considero que as coisas acontecem ou não acontecem.

Agora, eu quero entrar, Ver. Elói, propriamente, numa proposta que V. Exª pede-me para fazer uma reflexão. Eu levei para esta Comissão, Srª Presidente, um estudo para criar no Grande Expediente a figura de um Parlamentar para falar por vez. Inicialmente, o Grande Expediente seria três dias da semana em que ocorrem as Sessões; evoluiu-se para não ocorrer na quarta-feira, para ficar mais livre para as votações. Então foi consensualizado que ficaria segunda e quinta-feira. A razão dos 20 minutos? Vamos conversar, quem sabe V. Exª está propondo uma outra posição! Por que eu defendi os 20 minutos? Porque eu acho que, com 20 minutos, se consegue fazer uma análise do Orçamento da sua Cidade. Consegue-se, em 20 minutos, falar um pouco do Plano Diretor da sua Cidade; com 20 minutos, consegue-se falar a respeito da recuperação do Centro da Cidade. Então, o Parlamentar sabe o que vai falar no dia 10 de abril. Ele vai escolher o tema, vai prepará-lo, vai pesquisá-lo, e vai produzir um debate político que, com certeza, será partilhado por muitos outros Vereadores, Ver. Nereu. Então, eu acho que é um avanço, porque numa Casa que é política, às vezes, se fazem muitas coisas menos a política na sua essência, e o bom debate é que qualifica a Casa política. O Ver. Elói entende que deveria reduzir para 10 minutos, dar oportunidade para que dois Parlamentares falem em cada Sessão. Eu não sou fundamentalista na minha proposta, mas eu quero dizer que a razão dos 20 minutos é porque acho que nesse período de tempo é possível fazer-se uma boa discussão. Mas eu não vou impedir se todas as Bancadas acharem que, em vez de ser 20 minutos para um Parlamentar, devam ser dois Parlamentares, cada um com 10 minutos. Eu acho que há uma perda política nisso, Ver. Pestana, mas não sou eu que vou dizer, se todos concordarem em fazer a mudança. Mas acho que é uma perda política, pois, em 10 minutos, não vamos conseguir fazer um debate com mais profundidade a respeito de temas que envolvem a nossa Cidade, ou o nosso País, ou o Mundo, enfim.

Quero agradecer, Srª Presidenta, e pedir desculpas pelo excesso do tempo. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu afirmaria, aqui, que o Regimento está para o processo legislativo, para a feitura da lei, como o processo judicial está para o Direito material - exemplificativamente: Direito Penal, Direito Civil -, tal a importância do instrumento que representa a processualística, o processo, porque é por meio dele, dos seus cânones, dos seus prazos, das suas formas que se vai atingir o objetivo final que é exatamente, no caso da Justiça, a sentença, ou o acórdão, e, no caso do Parlamento, a feitura da lei. Então, trata-se de uma discussão relevante na Casa que se faz durante este período de Convocação Extraordinária no recesso, onde o Vereador não percebe qualquer remuneração. Bem, a natureza do Parlamento Municipal, das Câmaras Municipais, é dinâmica, eu diria que os Plenários Municipais são verdadeiros pinga-fogos. É a dinâmica que têm os Parlamentos Municipais, diferentemente do Senado da República e até mesmo, eu diria, da Câmara Federal, mas, em especial, o Senado da República. Quanto à proposição aqui que eu gostaria de discutir, a Emenda da nossa autoria, o Ver. Sebastião Melo, com muito acerto, gostaria de ter o Grande Expediente com apenas um orador. Eu fiz um levantamento e um cálculo e cheguei à seguinte conclusão aritmética: que o Vereador, na proposição, Sebastião Melo, falará três vezes durante o ano, se não ocorrer nenhuma alteração - se não houver quórum ou algum acontecimento que impeça a Sessão; pode acontecer, em tese, de o Vereador não ter oportunidade de falar no Grande Expediente. Então, propõe-se o quê? Duas intervenções em Grande Expediente; dois Vereadores falarão em Grande Expediente. Isso até não é propositivo ao debate e exatamente se encarta na filosofia da própria Casa, que é de dinâmica, dinâmica permanente.

Portanto, Srª Presidenta e Srs. Vereadores, nós entendemos que, Ver. Sebastião Melo, não haverá prejuízo em se colocarem dois Vereadores no Grande Expediente, isso aí considerando que, a partir do ano que vem, passaremos a 36 Vereadores. Vejam, o número de Vereadores aumentará, serão mais três Vereadores, e o grande momento desta Casa, e quero dizer aqui, porque muitas vezes ficamos falando em projetos e projetos... Olhem, na minha opinião, há discursos que valem por 20, 30, 50 Projetos! A função parlamentar, Ver. João Antonio Dib, é uma função que não se traduz em projetos! Não se traduz em leis! E estou a me referir a boas leis!

Portanto, acho que o debate tem de ser propiciado. Não podemos reduzir a oportunidade do debate, mas, sim, devemos ampliá-la.

Então, Ver. Sebastião Melo, se me afigura, até provarem o contrário, que, se nós colocarmos dois Vereadores por Grande Expediente, estaremos, por assim dizer, calibrando bem o Grande Expediente nesta Casa, posto que, com dez minutos, teremos condições, efetivamente, de discorrer, de externar o nosso pensamento.

Então, fica aqui a nossa manifestação favorável, e com o entendimento que deveremos fazer com o autor, Ver. Sebastião Melo, para que se propiciem as condições para se aprovarem duas intervenções em Grande Expediente, dois Vereadores, o que também está dentro do espírito sustentado pelo Ver. Sebastião Melo. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Apregôo Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste, que retira de tramitação, segundo o art. 106, inciso I, do nosso Regimento, o destaque à Emenda nº 10.

Nós havíamos destacado, conforme a posição da Relatora. Portanto, a Emenda nº 10 passa para o bloco daquelas que têm parecer favorável da Relatoria, onde estava originalmente.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, no ano passado eu gostaria de ter visto aprovada essa reforma do Regimento Interno da Casa. Lamentavelmente, nos últimos dias do ano passado não conseguimos fazer a votação. Este ano, em convocação extraordinária, no dia de hoje, nós vamos votar o Regimento Interno com 25 emendas.

Bem, eu quero dizer que, se nós cumprirmos rigorosamente o Regimento Interno, as nossas Sessões vão andar muito melhor. Não é que o atual Regimento fosse tão ruim, apenas as pessoas procuram acomodar o Regimento aos seus próprios interesses. No ano passado, lendo o Regimento Interno, eu dizia que poderia ser destinado o Grande Expediente para uma homenagem.

Ora, por unanimidade, sempre foi aprovado que o Grande Expediente seria destinado para uma homenagem, e, na hora, não era assim que ocorria. Aí, dois Vereadores deste Plenário entenderam de consultar a Comissão de Constituição e Justiça e - que justiça - leram que “destinado” não quer dizer “destinado” – não sei qual é a conclusão que deram para o verbo.

Portanto, o problema é só cumprir o Regimento. Há aqui nesta Casa 12 Partidos, nós estamos preocupados com o tempo. Ninguém fez alteração no artigo 229 do Regimento Interno, ninguém propôs. (Lê.): “O Líder, a qualquer momento da Sessão, exceto na Ordem do Dia, poderá usar da palavra por cinco minutos, sem aparte, para comunicação urgente e de excepcional importância” - para comunicação urgente e de excepcional importância -, “submetendo o assunto preliminarmente à consideração do Presidente dos trabalhos”. Quem submeteu à consideração do Presidente dos trabalhos a sua Comunicação de Liderança? Quando eu entrei na Câmara, a gente dizia: “Sr. Presidente, Comunicação de Liderança; vou falar sobre tal assunto”. Ele concedia o tempo ou não!

Agora há 12 Partidos. Eu já vi, à uma hora da madrugada, pedirem Comunicação de Liderança para falar sobre obesidade! Não vou esquecer! Já ouvi falarem em Comunicação de Liderança o mesmo assunto por cinco Sessões consecutivas! São 12 falando e nem sempre respeitam os cinco minutos.

Srª Presidenta, vou deixar registrada a minha tristeza, porque eu fiz uma Emenda, na quarta-feira, e não foi aceita. E a Emenda que eu queria é que não se faça substituição de Vereador em menos de 10 dias de licença. Agora, no ano que vem, eu vou apresentar proposta para que sejam 15, a proposta não será mais de 10, porque com isso nós pagamos mais um Vereador, de tantas licenças que nós damos para tratamento de saúde. E, curiosamente, as licenças para tratamento de saúde, às vezes, ocorrem na segunda-feira, dia de Plenário; terça-feira, não; quarta-feira, Plenário, licença para tratamento de saúde; quinta-feira, licença para tratamento de saúde. Sexta, sábado e domingo não tem problema. Então, a exemplo das demais Casas Legislativas deste País, nós temos que pôr cobro a essa indústria da licença para tratamento de saúde, já que os Vereadores têm direito a faltar três vezes e podem justificar - que o façam - mas não pode haver substituição, porque isso é contra o interesse da Casa em matéria de sistema financeiro. Custa muito mais. No mínimo, um Vereador nós pagamos. Este ano, 34 Vereadores, no ano que vem serão 37, se nós não pusermos termo a essa indústria da licença para tratamento de saúde.

Por outro lado, quero cumprimentar o Ver. Sebastião Melo, porque parece que ele aderiu à idéia que eu trouxe a esta tribuna de que nós temos que simplificar a denominação de logradouros. Se as três Comissões responsáveis fizerem um Parecer de acordo, eu acho que eles devem ser aprovados lá mesmo. Na verificação que fiz, não pode ser no Regimento Interno, deve ser na Lei Orgânica. E, já que eu encontrei um aliado, eu acho que, no próximo ano, nós faremos isso e vamos aliviar os trabalhos no plenário desta Casa. Saúde e PAZ!

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, ilustres visitantes que nos honram com suas presenças, eu gostaria de debater a Emenda chamada Sebastião Melo, de 20 minutos de pronunciamento, sobre temas da mais alta importância, temas que desafiam uma sociedade inteira, e que nós não temos tido tempo e, muitas vezes, a coragem, de trazer ao debate aqui.

A gravidez na adolescência é um dos maiores desafios no País, do Ministério da Saúde, e, no entanto, as questões de metodologia e erros, inclusive crassos, dos governos, todos eles na abordagem desses assuntos, não permitem que a cada 5 minutos, no máximo, de fala, aqui, sejam debatidos nas suas profundezas e com a imensa complexidade do tema, como, por exemplo, a descriminalização do aborto, a limitação da natalidade, os problemas de explosão demográfica e superpopulação; os problemas de urbanização e de espaço urbano que influi diretamente nas questões de segurança, nunca foram abordadas nesta Casa. As questões de planejamento familiar, muitas vezes por preconceito, mas também por falta de espaço, pela sua complexidade, são abordadas timidamente, quando 20 minutos dariam não para esgotar o tema, mas para trazer à Casa, nos 20 minutos seguintes, um debate ideológico sobre assuntos, por exemplo, de transgenia, de toxicomania.

Neste fim de semana, por exemplo, morreram 39 pessoas, entre aspas, acidentalmente, morreram sem nenhum outro motivo, sem nenhuma doença, sem nada, só pelas questões de violência no trânsito, a violência urbana: a questão da canibalização das pessoas em fins de semana; 90% das pessoas criminosas que cometeram o primeiro crime na vida, são pessoas empregadas, essa é uma questão que não têm uma razão social que não seja a questão urbana; a questão do espaço urbano, isso não é debatido aqui. São essas as questões que nós queremos mudar no Regimento.

Outro dia fui avisado, na véspera, da relação de Vereadores que iam participar do período de Comunicações, e, na minha casa, fiz um discurso para falar em Comunicações. Cheguei aqui, por Requerimento de uma Bancada, foi cancelado o período de Comunicações. Esse é o período em que a gente poderia ter feito o debate, poderia ter feito, inclusive, o tema do dia, que são temas muitas vezes palpitantes e nós não fazemos esse debate por questões, também, de Regimento. Se o Regimento fosse um pouco mais rígido, nós cumpriríamos e não haveria a prerrogativa de, simplesmente, o Requerimento de uma Liderança da Casa - fiquem todos como estão, não se mexam e tal - cancelar o período de Comunicações. Dessa forma, foi-se embora o debate. Mas para que nós estamos nesta Casa a não ser para o debate? Este é um Parlamento e aqui temos que falar sobre temas que estão nos desafiando, diariamente, o nosso cotidiano, infelicitando a nossa gente.

Essa é a grande mensagem, e desgraçadamente nós vamos resolver as questões do Regimento, numa convocação extraordinária, quando o ano inteiro nós tivemos um tempo exagerado, posto fora, atirado pela janela com a desculpa de eleições, nós não fizemos o tema de casa, não fizemos esse debate. E, hoje, às pressas, nós, convocados extraordinariamente, queremos falar sobre um Regimento que, há muito tempo, deveria ser pelo menos cumprido. O Regimento atual já é bom, vai ser aperfeiçoado aceitando essa temática fundamental dos 20 minutos, Srª Presidenta, isso vai trazer maior ilustração e maior obrigação de os parlamentares se atualizarem nas questões que mais atingem a nossa nacionalidade, a nossa municipalidade e o nosso Estado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, em primeiro lugar, quero registrar a seriedade e o senso de responsabilidade que esta Casa tem, o conjunto de Vereadores, com os seus procedimentos. Alguns dos Vereadores, terminando o seu mandato; alguns que não estarão conosco na Casa. Estamos aqui, no final de dezembro, em Sessão Extraordinária, aproveitando o acúmulo da discussão desses quatro anos, tentando sistematizar e garantir, no Regimento, avanços em relação às dificuldades que sentimos no funcionamento da Casa. Acho que isso é de se registrar, sem nenhum recebimento de salário a mais, apenas com a preocupação de continuar avançando na organização dos trabalhos, para que a democracia se aprofunde, garantindo o debate profícuo, aprofundado, mas com a pluralidade e com a representatividade que têm que corresponder a esta Casa, e procurando adaptar, sim, à nova legislação, que vai ampliar o número de Vereadores. Acho que este primeiro registro é fundamental. Esta Casa tem demonstrado essa seriedade, tem se distinguido das outras câmaras, inclusive de outras esferas, trabalhando com muita responsabilidade.

Em segundo lugar, queria entrar no debate que aborda o Grande Expediente. Por um lado, nós temos vivido, aqui na Casa, muitos momentos de homenagens, há, às vezes, temas sérios, projetos para avançar e temos aparentemente perdido tempo com homenagens, tornando-o uma salada de frutas, com falas de diferentes pontos de vista e temas, numa mesma tarde. Então, acho que é bem-vindo um esforço no sentido de dar uma focada, de garantir o aprofundamento dos temas no Grande Expediente. Mas, Ver. Sebastião Melo, o modelo que se vê na Assembléia Legislativa, na Câmara Federal, é um modelo que quase propõe um monólogo. Eu acho que não é o caso do nosso Parlamento, nós devemos garantir a possibilidade da discussão, do debate de idéias; muitas vezes, a gente sente vontade de fazer o debate e é muito cerceado pelos tempos dos Vereadores, que é sempre pequeno para isso.

Nós temos que considerar que vamos ampliar o número de Vereadores e que reduzir a possibilidade de falar em Grande Expediente vai reduzir a oportunidade do debate. Já assisti Grande Expediente de 20 minutos, na Assembléia, e a única possibilidade que têm os Vereadores que não são proponentes é fazer apartes. E para não interromper o orador, fazem apartes no final. Então, de fato o debate não acontece, apenas considerações e registros ao final dos 20 longos minutos. Eu defendo que construamos uma proposta que dê uma enxugada, mas que garanta a profundidade no conteúdo, na fala do orador, e que garanta a participação de outros Vereadores no momento do debate. Nós temos áreas – e aí quero fazer um registro – que são muito importantes, porque acabam sendo uma forma de a Câmara dialogar com diferentes movimentos sociais, com as instituições, com os diferentes temas que pautam esta Cidade. São áreas importantes, mas não é um Vereador somente que atua na área; se, por exemplo, no Grande Expediente, há um tema sobre a criança e o adolescente, são vários Vereadores que têm o que falar, que têm o que contribuir, e as pessoas que vêem assistir sentem-se representadas, muitas vezes, por Vereadores de diferentes Bancadas. Eu acho que isso nós deveríamos garantir.

Então, com certeza, a discussão que a gente faz agora será para aprimorar o Regimento, garantir seriedade, garantir espaço de participação dos Vereadores, e no caso do Grande Expediente, menos oradores, mas não só um, isso contribuirá para a qualificação. Obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PR nº 114/04, por cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, colegas Vereadoras e colegas Vereadores, nobre amigo querido, Ver. Cláudio Sebenelo, acho que V. Exª está com uma posição, eu diria, um pouco equivocada sobre o encaminhamento dessa matéria.

Primeiro, eu não vejo nenhum problema de convocação extraordinária, acho isso altamente importante, até porque esta Casa, ao conceber sua Lei Orgânica, fez aquilo que todas as casas legislativas do Brasil inteiro deveriam fazer, que é a convocação extraordinária sem ônus para o cidadão. Quero dizer que, Srª Presidenta, se houver convocação todos os dias, com muito gosto estarei aqui. Em segundo lugar, quero dizer, Ver. Cláudio Sebenelo, que acho muito correto votar em uma Sessão Extraordinária, porque vamos ter a oportunidade de discutir esse único assunto. Eu quero dizer que sou daqueles que participei das Comissões, inclusive o Ver. João Antonio Dib, quando Presidente da Casa, constituiu uma Comissão, e lá estive representando o meu Partido. Quando a Presidente da Casa, várias vezes, tentou - e eu não sou procurador da Presidenta, não sou procurador, mas eu não posso deixar passar essa injustiça, Vereador Oliboni -, porque várias vezes a Presidenta tentou levar esse tema e a coisa ia indo, passava uma reunião, as Lideranças não apreciavam, eu sou testemunha disso, eu estava lá em todas as reuniões. Então, chegou o momento em que se criou uma Comissão, em que nós, Ver. Nedel - onde está o Ver. Nedel e o Ver. Braz? - ficamos quantas horas ali, Ver. Braz? Duas horas, três horas, quatro horas? A Ver. Celeste, eu e outros, e todos podiam participar! Eu quero dizer que eu estou muito consciente dessas mudanças aqui, se elas não são as melhores, elas são as possíveis, Ver. Ervino, neste momento, que foram o acúmulo de um debate sério.

Veja, por exemplo, Vereadora-Presidenta, que nós vamos ter a posse do novo Prefeito aqui, agora, Ver. Oliboni. Há uma mudança aqui altamente importante, nós vamos eleger a Mesa Diretora, vamos dar posse aos Vereadores, dar posse ao Prefeito e deixamos para escolher as Comissões depois da posse do Prefeito, porque muitas vezes, a gente ficou aqui neste plenário duas horas, três horas, quatro horas para escolher Comissões, e o Prefeito ali esperando para tomar posse. É importante essa mudança? É importante essa mudança. Quantas vezes eu ouvi desta tribuna aqui, Ver. Ervino, pessoas dizerem: “mas o Fulano se elegeu por um Partido, foi para um cargo na Mesa, em nome desse Partido ou para uma Comissão”, pois este Regimento corrige isso! O Vereador que vai para a Mesa e muda de Partido, perde o cargo da Mesa. Isso é um avanço? É um avanço significativo. É um grande avanço na nossa avaliação. Evidente que às propostas eu mesmo recuei.

Eu quero aqui fazer justiça, também, olhando para aquelas jovens, junto com a Márcia, a Inês e a Rose, eu quero cumprimentá-las, elas foram incansáveis, elas foram extraordinárias, elas conduziram esse processo com muito profissionalismo, contribuindo enormemente, em nome da Casa, em nome de todos nós. Então, quero dizer que esse trabalho é um trabalho que, se todos os projetos tivessem o acúmulo de discussões que teve esse Regimento, talvez esses projetos da Casa fossem muito melhores, Ver. Elói. Não vou dizer que ele seja o Regimento ideal, não digo isso, mas ele é o Regimento possível, neste momento, com alterações que muito avançaram.

Por exemplo, reduziu-se essa quantidade de títulos que as pessoas podiam dar, que cada Vereador podia dar; limitou-se isso, Srª Presidenta. Isso é um reclame da sociedade, Ver. Elói. Quantas vezes vimos essas notinhas desagradáveis, que atingem a Instituição e a todos nós, dizendo que a Câmara passa 70% do seu tempo discutindo nome de ruas e premiações?! Pois nós estamos “cortando a própria carne” aqui, Presidenta, fazendo o nosso dever de casa, e quem não tem autocrítica, não caminha!

Então, eu só queria dizer isso, respeitosamente, ao Ver. Sebenelo de que eu não concordo em nenhuma vírgula, em nenhum ponto, em nenhum ponto e vírgula com as críticas que ele fez aqui, porque eu acho que se há um Projeto que teve acúmulo é este, e, mais do que isso: está absolutamente correto. E também não se votou em Sessão Ordinária não pelo fato de a Presidência não querer, mas porque não houve tempo. Aliás, faltaram muitos projetos listados por Vereadores, que eu acho que têm que ser votados em Sessão Extraordinária, o Ver. Beto Moesch foi um que falou sobre isso.

Então, quero dizer, Presidenta, acho que está bem conduzido, sinto-me honrado em ter participado desse trabalho, e acho que se não é o ideal, é o possível que se pode fazer para as mudanças necessárias e urgentes neste Regimento. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu quero agradecer, em nome da Mesa Diretora, a compreensão e a lucidez do Ver. Sebastião Melo em relação à necessidade de mudanças, de aperfeiçoamento do nosso Regimento Interno. Tudo que era possível foi feito e, inclusive, eu me sentia na obrigação de dar continuidade ao trabalho realizado pelo Ver. João Antonio Dib, que reuniu as Comissões durante o ano todo. Este trabalho estava muito adiantado e hoje nós estamos dando a palavra final, pelo menos dentro daquilo que foi possível.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. RAUL CARRION: Excelentíssima Verª Margarete Moraes, demais Vereadoras e demais Vereadores e todos os que nos acompanham, em primeiro lugar, tendo em vista que esta Sessão Extraordinária talvez seja a última deste ano, nós queríamos aproveitar a oportunidade para saudar a todos os Vereadores e Vereadoras que encerram o seu mandato no dia de hoje ou até o dia 31 de dezembro, desejando um trabalho profícuo nas próximas tarefas, nas atividades que exercerão, dizendo da perda que certamente esta Casa terá, com a experiência, a capacidade, o trabalho que cada um demonstrou, independente de eventuais divergências, e desejar-lhes um grande abraço em meu nome e em nome do PCdoB.

Em segundo lugar, minha Presidenta, entendemos que a discussão do Regimento desta Casa tem sido uma discussão séria, profícua e, certamente, teremos - ainda falta uma série de destaques, emendas - um Regimento renovado e aperfeiçoado.

Em relação àqueles que acham que está sendo açodada essa discussão, gostaria de lembrar que este Regimento está em discussão há dois anos. Na verdade, até o Ver. João Dib tinha feito, na sua Presidência, como uma das suas metas principais, a correção, a renovação do Regimento. Pela dificuldade da discussão, o próprio Ver. João Dib concordou em não votar, no final da sua gestão. Então não é nada atropelado. Só quem praticamente não acompanhou os trabalhos nesta Casa, nesses dois anos, pode dizer que é uma discussão nova, não é, Ver. Sebastião Melo?

Em terceiro lugar, queríamos também destacar - além de estar sendo discutido há dois anos - que essa mudança é um acúmulo das deficiências, dos problemas detectados nos quatro anos. Ninguém melhor, portanto, do que os Vereadores que durante quatro anos trabalharam com esse Regimento para, ao final desta Legislatura, fazer as correções necessárias. Muitas delas, inclusive, fruto de consultas à Comissão de Constituição e Justiça, que já elucidou algumas lacunas do Regimento.

Queria também destacar a importante contribuição e colaboração da Diretoria Legislativa desta Casa, que muito contribuiu para o anteprojeto sobre o qual a comissão de Vereadores se debruçou. Também quero parabenizar a comissão de Vereadores que foi designada para esse trabalho; o próprio Setor de Comissões também fez contribuições importantes. Em suma, todos os Vereadores, aqui, com suas emendas, as suas discussões deram essa contribuição.

Queria dizer que, pessoalmente, nós encaminhamos algumas emendas; duas delas se mantiveram até o final, algumas que foram substituídas por emendas que aperfeiçoaram a nossa preocupação.

Rapidamente, a Emenda nº 03, que procura deixar mais claro o art. 58, no seu parágrafo 7º, que tratava da substituição nas Comissões Especiais, Comissão Parlamentar de Inquérito ou Comissão Externa, quando o Vereador mudar de Partido, o que poderia levar ao entendimento de que cabia ao Presidente da Câmara diligenciar ou não a substituição. E aqui deixa mais claro que, havendo a solicitação da Liderança do Partido, que esse Vereador representava até então, necessariamente o Presidente deverá modificar.

A Emenda nº 04 cria uma sistemática diferente nas Comissões, determinando que o Presidente da Comissão disponibilizará aos Vereadores, na página da Câmara na Internet, com antecedência mínima de 24 horas, os pareceres que serão discutidos e apreciados pela Comissão. Isso é muito importante, porque, muitas vezes, nós vamos para uma reunião da Comissão sem saber os pareceres que serão apreciados. Isso ainda é mais grave para Vereadores que não são da Comissão e que terão o seu parecer apreciado, e ele gostaria de estar presente, mesmo não sendo da Comissão, ou que seu assessor estivesse presente para participar do processo de debate na Comissão. E, agora, todos os Vereadores, Ver. Sebastião Melo, terão acesso ao conhecimento dos pareceres que estarão sendo discutidos, podendo, portanto, acompanhar.

E, principalmente, agora, uma outra Emenda – por sugestão do Setor de Comissões, que nós teremos Comissões pela manhã e pela tarde - que propiciarão aos Vereadores participarem de mais de uma Comissão, pelo menos, da parte da discussão. Então, esta Emenda foi acolhida. Nós tínhamos uma outra Emenda que procurava corrigir o anteprojeto inicial, que transformava o Ato Solene como algo de única responsabilidade do Vereador que o propôs. E nós ponderamos que os Atos Solenes são aprovados pela Casa, portanto, não pode haver um “lavar de mãos” da Casa. Se a Casa acha que o Ato Solene não deve se realizar, então, não aprove. Na nossa Emenda, nós dizíamos que contaria com o apoio da Casa, através dos setores competentes. Essa Emenda foi suplantada por uma Emenda da Comissão, com a qual nós concordamos, que procurou definir qual o apoio. E nos parece que ficou bem. Esse apoio se refere à divulgação, sonografia e recepção, quando for no ambiente da Casa. Então, nos parece que está bem, por isso sentimos contemplada a nossa Emenda.

De resto, nos parece que o Regimento consegue agilizar uma série de procedimentos, consegue esclarecer questões dúbias e preserva o direito das Bancadas minoritárias. Portanto, são alterações que estão aperfeiçoando, preservando os fundamentos essenciais do nosso Regimento.

Por isso, a Bancada do PCdoB – claro que com algumas particularidades, e com algumas Emendas – encaminha no sentido da aprovação do Regimento, conforme elaborado coletivamente. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu agradeço ao Ver. Raul Carrion.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu acredito que, finalmente, nós temos a grande possibilidade de mexer no nosso Regimento e corrigir algumas falhas que já estão atrapalhando este Plenário há muito tempo.

Eu me lembro que na gestão do Ver. Dib como Presidente ele tinha como uma das suas metas fazer com que essa correção se desse. Acabou não acontecendo de acordo com a vontade do Presidente daquela época, mas agora eu acho que nós não podemos perder a grande oportunidade de fazer as alterações, a fim de que a próxima Legislatura, a Legislatura que vai assumir a partir do dia 1º de janeiro de 2005, possa ter um Regimento novo, e possa ter, na verdade, todas as condições de fazer, aqui, um avanço em relação às discussões dos problemas da Cidade.

Ver. Pedro Américo Leal, eu me lembro de que, numa das alterações que nós fizemos, V. Exª era o Presidente da Comissão - e a dirigiu muito bem - uma Comissão da qual eu tive a honra de fazer parte, se eu não me engano, no ano passado ou no ano retrasado, nós discutíamos a possibilidade de os Vereadores valorizarem os debates, aquilo que V. Exª chamava de “pinga-fogo”. Infelizmente, nós não conseguimos trazer isso de volta para o Plenário, e eu acredito que é uma coisa extremamente necessária para que os Vereadores possam colocar as suas desavenças e as suas desconformidades com relação a algum tema proposto, as contradições, os pontos positivos, os pontos negativos. Eu acho que isso tudo pode ser colocado numa espécie de “pinga-fogo”, do qual nós não podemos abrir mão.

Nós temos uma questão, há muito tempo, que eu acredito que não faz nenhum de nós, Vereadores desta Casa, nos orgulharmos. Há muitos anos, nós só utilizamos o Grande Expediente quando vamos fazer algum tipo de homenagem, porque, se não for para as homenagens, nós não utilizamos o Grande Expediente. Ora, é claro que isso não pode continuar acontecendo.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Pedro Américo Leal, com muito prazer; chamei V. Exª ao debate porque eu sei que V. Exª é um ótimo debatedor e sempre contribui muito com os discursos que faço aqui.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: Na verdade, me vanglorio de ter transformado esta Casa de uma Casa administrativa em uma Casa política. V. Exª há de se lembrar do plenário velho, de como as coisas se processavam todas a comando do Ver. João Dib, que gosta muito da parte administrativa, mas eu me rebelava contra o meu velho amigo, dizendo que não poderia preponderar o administrativo, de que nós tínhamos de ser uma Casa política. Como V. Exª está falando sobre isso, eu venho-lhe dar a minha contribuição: são apenas desencontros, os políticos têm desencontros, não têm outra coisa que não desencontros.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado, Ver. Pedro Américo Leal. Imaginem que esta alteração que está sendo proposta, se não me engano, por uma Emenda do Ver. Elói Guimarães, é para dar ao Grande Expediente duas participações, mas duas participações que possam acontecer nas segundas e quintas-feiras, porque a quarta-feira nós vamos deixar para as votações. Eu acho que isso, Ver. Sebastião Melo, tem de acontecer, porque, senão, é melhor tirar o Grande Expediente, porque ele só consta dos avulsos e nunca acontece. Ora, se nós tivermos 20 minutos com dois Vereadores participando, eu acredito que, com certeza absoluta, nós teremos oportunidade de em todas as Sessões termos aqui um Grande Expediente, com dois Vereadores, pelo menos, podendo expor os seus pontos de vista.

Algumas coisas foram debatidas na Comissão, e eu fui derrotado em algumas delas, e me submeto aqui no Plenário, não vou trazê-las de volta. Por exemplo, acho que a hora da votação, a Ordem do Dia propriamente dita, deveria ter relevância maior do que os outros segmentos que acontecem nas Sessões, porque na Ordem do Dia nós votamos Projetos, nós discutimos Projetos. E eu acho que isso deveria ganhar relevância. Muitas vezes, Ver. Guilherme Barbosa, V. Exª é testemunha de que nós começamos as votações, às vezes, às 18h, e às 18h30min ou 19h já não há mais votação, e a Sessão toda foi consumida, muitas vezes, ou com homenagens ou com outros assuntos que são menos importantes para o Município em geral.

Eu acho que se nós pudéssemos valorizar a Ordem do Dia isso seria muito bom.

Eu apresentei uma Emenda para que a Ordem do Dia fosse iniciada exatamente às 16h, ou até às 16h. Eu fui voto vencido lá na Comissão, e não vou recorrer, submeto-me. Os Vereadores que participaram da Comissão acharam por bem que essa não seria a forma mais correta de nós valorizarmos a Ordem do Dia, e eu vou submeter-me a essa vontade da Comissão. Mas eu acredito que nós precisamos ainda, Ver. Elói, encontrar uma outra fórmula para que a Ordem do Dia possa realmente acontecer.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, acompanho a manifestação de V. Exa no que diz respeito à iniciativa do Ver. Melo, até porque no ano que vem teremos 36 Vereadores, então pode acontecer - se tudo correr bem, na forma preconizada pelo Ver. Sebastião Melo - de três Vereadores falarem uma vez por ano, apenas três. Pode acontecer que o Vereador não fale uma vez por ano, porque pode acontecer de não haver quórum no Grande Expediente. Então, estamos fazendo um entendimento no sentido de aprovar dois Vereadores por Grande Expediente.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Hoje em dia, de repente, há Vereador que não fala nem uma vez por ano, porque o Grande Expediente não acontece, não é?

 

O Sr. Elói Guimarães: Exato.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Para finalizar - solicito seja descontado aquele minuto do meu tempo -, Srª Presidenta, como eu faço parte da Comissão de Constituição e Justiça há muito tempo aqui nesta Casa, quero dizer que aprovo também essa nova missão da Comissão de Constituição e Justiça, no sentido de fazer com que a Comissão possa trabalhar na consolidação da legislação feita por este Plenário (Lê.): “O trabalho de consolidação visa, fundamentalmente, ao ordenamento sistemático da legislação existente, garantindo a certeza da vigência dos variados diplomas legais superpostos, a par de facilitar o acesso ao conhecimento das regras vigentes”.

Acho que realmente falhamos muito com relação às consolidações das diversas legislações que temos, feitas aqui por este Plenário e, por isso mesmo, há uma dificuldade maior de podermos usar todas as legislações de uma forma mais correta e com mais eficácia. Por isso, sou também favorável a essas regras que modificam as disposições com relação à Comissão de Constituição e Justiça, porque acredito que dá a ela mais uma missão e uma missão adequada àquilo que é a função dessa Comissão aqui nesta Casa. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PR nº 114/04.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiramente é importante salientar o motivo pelo qual estamos fazendo hoje uma Sessão Extraordinária. Primeiro para adequar este novo Regimento à situação da nova Legislatura, já que hoje somos 33 Vereadores e vamos passar para 36 e, por si só, este já seria ponto de discussão. Também estão sendo apresentadas algumas alterações em relação às Comissões. Hoje, as Comissões na Casa, são em número de seis e funcionam da seguinte forma: a Comissão de Constituição e Justiça, com sete membros; as demais Comissões são compostas por cinco membros, ou seja, cinco vezes cinco resultam 25, mais uma Comissão de sete membros, 32. O Presidente da Casa, conforme o Regimento prevê, é o único Vereador que não faz parte de nenhuma Comissão, até para as diversas atribuições como o Executivo do Legislativo.

Está sendo proposta uma alteração em que a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul passa também a ter sete Vereadores, ou seja, terá um acréscimo de dois Vereadores, que hoje são cinco; a CUTHAB passaria de cinco para seis; e as outras Comissões permaneceriam com cinco Vereadores. Nós colocamos também uma emenda, pois nesta Legislatura fizemos parte da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, que prevê que, após a aprovação do Parecer do Relatório dessa Comissão, não poderá ser apresentada nenhuma nova emenda. Por que nós colocamos isso? Porque nós presenciamos que se emite o parecer, e daqui a pouquinho vem uma emenda, mais uma emenda, mais uma; e isso prejudica. Ou seja, nós passamos a cumprir os prazos - e sabemos que sempre há discussão nova aqui na Casa -, mas fica inviável, primeiro, para o Relator; segundo, para o próprio coletivo dos Vereadores emitir uma opinião mais ajuizada com maior embasamento, porque, na maioria das vezes, nem conhece a emenda que está sendo apresentada.

Então vão correr todos os trâmites normais dentro do processo, do rito aqui da Casa, mas, depois de ser aprovado o Parecer, isso não será mais possível.

Também nos preocupamos muito com uma proposta que prevê que as Comissões Temporárias terão um novo fracionamento, que será de 12 Vereadores, já que agora serão 36, e o Regimento prevê um terço. Aqui na Casa nós já discutimos a questão de 11, 17, e a proposta que está sendo apresentada prevê que, cada vez que a fração divisória for acima de 0,5, passa para inteiro. Por exemplo, para o PT, que no próximo ano terá oito Vereadores, a divisão pelos 36 dá 2,66%; ora, 2,66% passam a ser três Vereadores. Só que ocorreu um problema: hoje existem três Bancadas com apenas um Vereador - a nossa, do PSB; a do PSL e a do PL. O que nós estamos propondo? Que seja garantido o rodízio, que se esqueçam os fracionamentos, para que todos os Partidos possam ter assento.

Por último - é uma preocupação que nós temos -, concordamos com a nova forma proposta pela redação prevista na Lei Complementar nº 095, mas a nossa assessoria diz que isso não deveria ser objeto do Regimento e, sim, deveria ser normatizado por força de uma lei complementar. Em cima disso também queremos fazer uma discussão, porque - vou citar rapidamente tudo o que está proposto aqui (Lê.): Os Projetos serão redigidos com clareza, precisão, ordem lógica; deverão conter exposição de motivos, explicitar a justificativa, a edição do ato; estarem de tal forma titulados e fundamentados que possam servir como defesa prévia em eventual argüição de constitucionalidade; devem ter título explicativo, ementa explicativa, parte nominativa, parte final e formações...” ou seja, há tantos títulos aqui que talvez nós precisemos de um assessor legislativo e mais um professor de português. Ou a Casa começa também - e não está previsto no Regimento - a pensar em assessoria legislativa, que nós já tivemos alguns anos atrás, principalmente para ajudar os Vereadores novos, que, quando entram, têm uma dificuldade maior sobre a técnica legislativa. Mas como está posto, isso vai criar algumas dificuldades porque a Comissão de Constituição e Justiça pode, simplesmente, pelo que está sendo proposto, vetar, e, se for por unanimidade, este Projeto vai ser rejeitado.

São coisas sobre as quais nós também temos que pensar, para nós não ficarmos reféns de nós mesmos. Acho que esta é uma bela contribuição de temas para discutir aqui na Casa. Muito obrigado, Srª Presidente.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Encerrada a discussão. Em votação o PR nº 114/04. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 114/04.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, este encaminhamento tem mais o sentido de propiciar a que alguns dos nossos companheiros, Vereadores, que participaram ativamente desse debate, e que, por alguma eventualidade tenham se afastado do plenário nesse período, possam ser devidamente alertados de que nós iremos, objetivamente, decidir essa primeira parte da votação que é, exatamente, o enfrentamento do Projeto com aquelas emendas que a Comissão entendeu de recomendar a sua aprovação, e que não foram objeto de nenhum destaque por parte dos Vereadores que manifestaram algumas inconformidades com determinadas situações, conforme se verificou nos debates ocorridos durante esta tarde, e no período próprio, isto é, no período de discussão.

Observa-se que o caminho concertado permite que se faça uma votação tranqüila. As matérias que serão objeto da primeira deliberação, restaram, a meu juízo, sem controvérsia, na medida em que todas aquelas situações sobre as quais, setorialmente, pudesse haver alguma contrariedade, foram devidamente destacadas e serão objeto de uma deliberação específica que ocorrerá tão logo nós decidamos, em bloco, sobre o Projeto principal, suas emendas, especialmente e especificamente aquelas que foram recomendadas pela Comissão e pela Relatoria, na sua manifestação.

Por isso, acredito que nós nos encaminhamos para uma solução adequada, na medida em que, após um debate que se prolongou por cerca de duas horas, nós estamos, agora, iniciando o processo de encaminhamento, dando seqüência ao trabalho já desenvolvido, e dando, por conseqüência, um passo muito importante na definição objetiva deste Projeto, que eu já referi.

É um compromisso que nós temos com a Cidade, especialmente por parte de uma Legislatura cujos integrantes, na sua quase totalidade, foram confirmados nesta Casa.

Nós precisamos, como conseqüência, dar essa demonstração de responsabilidade política, adaptando o nosso Regimento à nova realidade político-administrativa que a Cidade irá viver, a partir de 1º de janeiro do próximo ano, quando 36 Vereadores terão assento nesta Casa.

Dessa forma, Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadores, eu conclamo a todos para que, sem maiores delongas, possamos superar essa primeira etapa e ensejar, de imediato, o ingresso no debate mais específico de todas aquelas situações que, pelas suas peculiaridades, mereceram destaque. Sei bem - e muito bem - que essa será a parte mais complexa do nosso encaminhamento, quando nós estivermos nos destaques. A matéria, resumida na situação a que estou me referindo, ou seja, o Projeto e as emendas recomendadas pela Relatoria e que não foram objeto de destaque, ninguém me contestará se eu afirmar que elas são consensuais e que serão, de pronto, aprovadas. Por isso e para que ocorra efetivamente isso, que é desejado pela Presidência da Casa, pela Mesa Diretora e pelo conjunto da Casa, eu faço este pronunciamento e o encaminhamento, recomendando que, de pronto, tão logo seja possível, resguardados os direitos dos demais Vereadores que queiram se manifestar ainda em encaminhamento, possamos concluir essa etapa e iniciarmos, objetivamente, a aprovação do novo Regimento da Casa.

Era isso, Srª Presidente e Srs. Vereadores, que me cabia, como Líder do Partido da Frente Liberal, assinalar neste meio.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradeço pela manifestação do Ver. Reginaldo Pujol.

O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 114/04.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Vereadoras, nós já havíamos, na discussão, chamado a atenção para a importância do Regimento Interno da Casa, que tem um papel relevante na equação da finalidade da Casa, que é a produção da lei. Dependendo do Regimento que se tenha, teremos maior ou menor dinamicidade, e, conseqüentemente, maior agilidade.

A Comissão Especial que tratou da matéria, a nosso juízo, agiu, trabalhou bastante, e com as contribuições advindas das emendas, poder-se-á alterar o Regimento, demarcando, Srª Presidenta, um avanço e um compromisso, não só de V. Exª como da Casa, de finalizarmos esta Legislatura, o ano Legislativo, com a aprovação das modificações ora traduzidas no presente Projeto de Resolução.

No tocante à Emenda que havíamos discutido, tive a oportunidade de conversar com o Ver. Sebastião Melo para que colocássemos ao invés de um orador, dois oradores no Grande Expediente. Há de parte do Ver. Sebastião Melo a concordância e o entendimento generalizado da Casa de se fazer essa modificação que ocorre nem tanto ao mar, nem tanto a terra; nem tanto a quatro oradores com oito minutos, nem tanto a um orador com 20 minutos.

Portanto, busca-se, salvo melhor juízo, a virtude; e dizem que a virtude está no meio.

Nós temos aqui uma Emenda que deixa a Procuradoria fora da análise de determinadas matérias, mas nós entendemos que a Procuradoria deva ser mantida, Srª Presidenta. Então, nós nos opomos às iniciativas nesse sentido, porque trata-se da Procuradoria da Casa, mesmo que o sentido tenha sido o da agilização, da dinâmica. Mas nós vivemos o reinado da legalidade, em qualquer área da atividade, quer pública, quer privada, há a questão da legalidade; ela se tornou uma condição sine qua non para o atingimento das finalidades e têm sido os órgãos de fiscalização, Ministério Público, Tribunal de Contas, extremamente, Ver. Pedro Américo Leal, literalistas.

Então, há que cumprir na forma literal da lei, que nem sempre é a melhor - é bom que se proclame -, mas há a necessidade da formalização. O que vale é o formal, se por baixo passam riachos e rios é outra história, mas é preciso formalizar.

Aliás, essa experiência nós tivemos agora, aqui, com a análise das prestações de contas dos candidatos a Vereador de Porto Alegre, onde reinou a formalidade, a literalidade, quando se sabe que a questão fática é outra. Mas se eu disser que eu somo dez na coluna do ativo e dez na coluna do passivo, fecham as contas. Agora, se por outras razões não se proceder formalmente, teremos de dar explicações.

Portanto, nós achamos que as modificações feitas na presente proposição são boas e quanto àquelas já objetadas, nós votaremos contra. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Atenção Vereadores e Vereadoras, eu gostaria de ler a orientação para a votação, proposta pela Diretoria Legislativa. Quanto ao PR nº 114/04, que estabelece a reforma do Regimento, primeiro nós votaremos o Projeto, com ressalva dos destaques, emendas e subemendas. Em segundo lugar, nós votaremos, em bloco, as Emendas com Parecer favorável e que não foram destacadas, quais sejam, aquelas que foram lidas pelo Parecer da Relatora Maria Celeste, as de nº 03, 04, 06, 07, 08, 10 - porque foi retirado o destaque -, 12, 14, 15, 18, 19, 20, 21.

E, depois, como terceiro item, serão votadas as emendas destacadas, uma a uma, e então, as Emendas nºs 02, 09, 11, 13 - se aprovada a Emenda nº 13 estará prejudicada a Emenda nº 23 -; as Emendas nºs 16, 17, 23, 24, e 25, sendo que a Emenda nº 23 depende da aprovação ou rejeição da Emenda nº 13. E aí, como item nº 4, nós votaremos, uma a uma, as emendas sem Parecer, quais sejam, a Subemenda nº 1 à Emenda nº 11, e a Emenda nº 22 - sem encaminhamentos, com votação direta.

Em votação o item nº 01, qual seja, o PR nº 114/04, com ressalva dos destaques, emendas e subemendas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Projeto com ressalva dos destaques, emendas e subemendas.

Em votação o item nº 02: votação em bloco das Emendas com Parecer favorável e não destacadas, quais sejam as Emendas nºs 03, 04, 06, 07, 08, 10, 12, 14, 15, 18, 19, 20 e 21. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS pela unanimidade dos presentes no Plenário as Emendas com Parecer favorável e não destacadas.

Em votação as Emendas destacadas, uma a uma, que comportam encaminhamentos.

Em votação a Emenda nº 02 ao PR nº 114/04, destacada pelo Ver. Elói Guimarães. Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que proceda à leitura da Emenda nº 02.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): Passo a ler a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Elói Guimarães. (Lê.) “Artigo 153 - No período destinado ao Grande Expediente, com duração de dez minutos, falarão dois Vereadores, e a inscrição será automática, sendo permitidos os apartes”.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES (Questão de Ordem): Presidenta, apenas para uma tentativa de orientação no que respeita a mecânica da votação. Como foi uma Emenda rejeitada, nós temos de introduzi-la no texto. Então, a juízo deste Vereador, para introduzi-la no texto, nós temos de dizer “sim”; contrário é “não”, evidentemente. Não sei se a Mesa concorda com a colaboração.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Obrigada, Vereador. Atenção, Vereadores e Vereadoras. Eu os consulto se alguma Bancada deseja encaminhar a Emenda nº 02, destacada pelo Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) Em não havendo quem queria encaminhar, submeto à votação nos termos em que o Ver. Elói colocou. Quem concorda com a Emenda, e deseja incluí-la no texto, vota “Sim”; os que a rejeitam, votam “Não”.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 02 ao PR nº 114/04. (Pausa.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Elói Guimarães, quero a sua atenção. Fui consultado pelo Ver. Elói quando cheguei a esta Casa, mesmo por telefone, e fui informado de que havia um certo consenso de todas as Bancadas em aceitar a Emenda dele. Eu quero cumprir esse acordo. Então, em nome disso, estou abrindo mão da minha Emenda.

Portanto, peço a solidariedade dos meus Pares, porque não é correto que eu abra mão da minha Emenda, de vinte minutos, e as outras Bancadas votarem diferente. Ou é um acordo para valer ou não é! Recebi uma petição, a qual analisei, dizendo que todos eram favoráveis e que faltava a minha manifestação. Já que todos são favoráveis, eu também o sou.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Só para esclarecer: chegamos ao plenário e houve consenso das Lideranças para que pudéssemos avaliar uma a uma essas emendas, inclusive, esta. Então, existe um consenso, só que eu mantenho o Parecer, porque fui a Relatora. Apenas isso. Mas toda a Bancada do PT está votando favoravelmente à Emenda. Há consenso das Lideranças.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Renato Guimarães, a Emenda nº 02, ao PR nº 114/04, destacada pelo Ver. Elói Guimarães. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 26 votos SIM e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 09 ao PR nº 114/04, destacada pelo Ver. Professor Garcia.

Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que faça a leitura da Emenda nº 09 ao PR nº 114.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): (Lê.) Emenda nº 09. “Dá nova redação aos incisos II e III do § 2º do art. 58.

§ 2º - II - Do resultado final do cálculo referido no inciso anterior, serão considerados os números inteiros e as frações decimais superiores a cinco décimos;

III - as vagas remanescentes serão distribuídas às Bancadas, sob forma de rodízio, a partir de tabela organizada pela ordem alfabética das Bancadas, contemplando as frações decimais iguais ou inferiores a cinco décimos, sendo permitida a alteração da ordem apenas com a concordância das Lideranças com prioridade na indicação”.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Presidenta, eu acho que compreendi, mas talvez muitos colegas Vereadores não entenderam, porque é muito técnica essa questão. Eu não sei se a Inês ou a Rosi podem dar uma explicação. Eu entendi, eu depreendi: é para contemplar os Vereadores de Bancadas de um só Vereador. É isso? Porque o texto, como está, não atingiria esses Vereadores. É isso, Ver. Professor Garcia? Então, está bem. Todo mundo compreendeu isso?

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação a Emenda nº 09, destacada, aposta ao PR nº 114/04. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 09, destacada, aposta ao PR nº 114/04.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidente e Srs. Vereadores, pelo sistema proposto pelas Comissões Temporárias, aquelas Bancadas que têm um só Vereador jamais teriam direito, a não ser quando o Vereador fosse proponente, porque aí, no bojo do texto diz que quando o Vereador é o proponente de uma Comissão, ele faz parte; caso contrário, não existe a possibilidade. O que nós estamos propondo? Pelo sistema equânime, os Vereadores de uma Bancada façam também o rodízio da mesma forma para terem assento nas Comissões Temporárias. No sistema de rodízio, como podem ocorrer três comissões ao mesmo tempo, provavelmente, a cada ano, vão fazer parte de uma comissão ou a cada dois anos fazer parte de uma comissão. Mas o que nós achamos e acreditamos é que o Vereador não pode ser excluído, ou seja, aquelas Bancadas menores, pelo que está posto no texto, jamais poderão fazer parte das comissões. O que nós queremos então? É o que já se aplicava até então, ou seja, pelo sistema de proporcionalidade, mesmo as Bancadas com um Vereador, por um sistema de rodízio, também terão direito a assento, claro que é um assento eventual e não de forma sistemática como têm as grandes Bancadas. Sendo assim, nós estamos propondo a rejeição da Emenda nº 09 ao PR nº 114/04.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pela Verª Clênia Maranhão, a Emenda nº 09, destacada pelo Ver. Professor Garcia, aposta ao PR nº 114/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 19 votos NÃO, 02 votos SIM e 05 ABSTENÇÕES.

Em votação a Emenda nº 11, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04.

O Sr. 1º Secretário fará a leitura da Emenda nº 11.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): (Lê.) “Dá nova redação à letra “b” do § 3º do art. 94 (constante do inciso XIX do art. 1º do Projeto), como segue: Art. 94, §3º - b) - Votação em bloco de projetos de mesma natureza, com pareceres favoráveis, ou de emendas”. Essa Emenda é de autoria da Comissão que examinou esse Projeto. Foi destacada pela Verª Maria Celeste.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Pestana está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. CARLOS PESTANA: Verª Margarete Moraes, demais Vereadores e Vereadoras desta Casa, esta Emenda foi destacada por uma razão que, para nós, é muito clara. Nós não somos contrários à intenção proposta aqui pelo Ver. Sebastião Melo. A idéia é que aqueles projetos de menor relevância para a Cidade de Porto Alegre, como bem citou o Vereador, aqui, como questão de nomes de ruas, pudessem ser votados em bloco.

O problema, Ver. Sebastião Melo, e peço toda a atenção de V. Exª - e tenho absoluta certeza de que o Ver. Sebastião Melo vai concordar com a posição da nossa Bancada - é que quando nós falamos “de mesma natureza”, ela pode referir-se tanto a nomes de ruas, como a uma discussão de um orçamento. E aí, Vereador, V. Exª, que sempre nas discussões orçamentárias, na discussão do Plano Plurianual, tem tido um papel de extrema relevância, apesar de eventuais diferenças nossas, nós podemos ter a seguinte situação: ter um projeto de Orçamento, com emendas que, destacadas, poderão ser votadas todas em blocos, sem o devido debate de cada uma delas, por essa redação que está sendo proposta neste texto.

Então, do nosso ponto de vista, Ver. Sebastião Melo, isto é profundamente equivocado. Se é verdade que há alguns temas importantes para se fazer a discussão, é possível fazer-se a discussão em bloco, mas outros não. Veja, Ver. Dr. Goulart, V. Exª, que sempre contribui aqui com emendas, com sugestões sobre a questão da saúde, uma vez aprovada essa proposta no Regimento, talvez a gente tenha a situação de não mais poder discutir emenda a emenda, mas discutir num bloco só, o que acaba impedindo que V. Exª venha a discutir a sua emenda. Ou seja, esta Casa funcionou e sempre foi sensível, quando o tema é de menor relevância, a votar em bloco. Agora, não podemos fazer disto uma regra, sob pena de nós, como Parlamentares, estarmos abrindo mão de fazer o debate daqueles temas que julgamos ser relevantes. Permanece a idéia antiga, ou seja, quando há um acordo entre as Lideranças, quando há um acordo entre os Vereadores, não há nenhum problema, como já fizemos várias vezes nesta Casa, de votar em bloco. O que não é possível é que haja situações que são extremamente relevantes para Cidade de Porto Alegre, que merecem um destaque, que merecem uma demarcação, se aprovado o Regimento nesses termos, que possa ser colocada uma votação em bloco, e aí, o debate que é necessário, o contraditório, que é fundamental como função primeira do conjunto dos Vereadores colocados para esta Casa, não vai poder ser feito.

Então, por essa razão, Ver. Sebastião Melo, volto a dizer, temos pleno acordo quando V. Exª coloca que, por exemplo, uma votação do nome de uma rua ou de uma homenagem pode ser feita em bloco; não há nenhum problema. Agora, a proposta de Regimento que está colocada fala de toda natureza de uma forma genérica, e aí entram vários temas que, a nosso juízo, merecem ter um destaque e um tratamento diferenciado. Volto a pegar o exemplo concreto: discussão do Orçamento. É a mesma natureza. Por essa sugestão, nós podemos votar todas as emendas, rejeitadas ou não, em bloco. E V. Exª é um que constantemente tem reivindicado o seu direito de fazer debate, emenda a emenda, aqui. Então, Ver. Sebastião Melo, essa proposta, embora tenha um sentido correto, tenha um objetivo correto, da forma como está redigida, no nosso ponto de vista, é equivocada porque retira dos Vereadores a capacidade de fazer um bom diálogo, de estabelecer o contraditório, e os Vereadores que têm interesse em demarcar determinados temas, podem ficar prejudicados a partir da sua aprovação.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, aposta ao PR nº 114/04.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu queria a atenção dos meus colegas para poder fazer aqui este raciocínio. O que é que diz hoje, Ver. Nereu, o nosso Regimento? Diz que emendas podem ser votadas em bloco. Tanto é verdade isso, Ver. Pestana, que eu, nos últimos três anos, na maioria das vezes, perdi, aqui neste plenário, porque colegas meus fizeram requerimentos para rejeitar, em bloco, todas as emendas que eu coloquei. Então, o Plenário já tem essa prática. Primeiro, o Regimento contempla a votação de emendas em bloco. Segundo, mesmo que não contemplasse, um requerimento do Plenário é maior que o Regimento. E, na prática, isso tem acontecido em vários momentos. Exemplo têm sido os orçamentos. O Ver. Pujol foi exemplo, o Ver. Pestana, fazendo requerimentos para votar em bloco. Esta Casa, então, tem jurisprudência nessa matéria. Então, a emenda já está autorizada, Ver. Nereu. O que é que eu estou agregando? Que projetos de mesma natureza. Talvez a palavra “natureza”, Diretora Rosi, nós poderíamos, num consenso, substituí-la por “matéria” ou qualquer outra coisa. O certo é que eu acho, Ver. Gerson, que não dá para deixar de ter esse ganho neste Regimento, Ver. Carrion, porque aqui nós temos de votar 50 nomes de rua. Pois bem, vamos votar em bloco, já que a Lei Orgânica não permite que elas sejam terminativas nas comissões; obrigatoriamente, por se tratar de Projeto de Lei, têm de passar pelo Plenário. Então, Verª Maria Celeste, eu faço um apelo a V. Exª, que foi Relatora, que foi lutadora, pois eu acho, Ver. Braz, que é um ganho.

Nós não podemos recuar agora por causa de uma questão semântica; eu acho que dá para corrigir. Se não se concorda com a palavra “natureza”, vamos encontrar um bom termo, um sinônimo, mas acho que é um avanço para melhorar a qualidade do trabalho desta Casa.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Raul Carrion.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: V. Exª tem a faculdade do destaque. Se estou votando uma matéria em bloco, no caso de ruas, e há uma rua que é polêmica, pode-se pedir destaque nesta rua, e aparta essa para discussão.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Raul Carrion.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estamos em encaminhamento, não existe aparte, Vereador, desculpe-me.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Vereadora-Presidenta, de qualquer forma, quero voltar para dizer que não podemos recuar. Verª Maria Celeste, quero até concordar que a palavra “natureza” pode ser muito ampla, mas acho que é um ganho para a Casa na agilização dos seus trabalhos. Evidentemente, acho que bom senso não se coloca em Regimento, bom senso não se coloca em lei, Presidenta. Eu acho Lideranças e, conseqüentemente, a Mesa Diretora, vão ter que fazer uma interpretação no caso concreto. Se algum absurdo aparecer no plenário de querer votar Orçamento com SUS, alguém há de dizer: “Só um minutinho, o senhor está forçando a barra; essas não são matérias da mesma natureza”. Bom senso não se coloca em Regimento, bom senso não se coloca em lei; agora, acho que se votar em bloco aquilo que hoje já pode ser votado das emendas, em projeto de mesma matéria ou de mesma natureza, é um avanço para agilizar, Ver. João Carlos Nedel. Vamos pegar todos os títulos de Cidadão: não são matérias da mesma natureza? São. Pois, então, vamos colocar em votação, os dez, os vinte, os trinta que existem na Ordem do Dia prontos para serem votados. As resoluções outras e homenagens não são matérias da mesma natureza? São, Ver. Gerson; pois vamos colocá-las em bloco e vamos votá-las, mas isso quem preside o trabalho, as Lideranças que encaminham têm que ter o bom senso.

Eu acho que o Ver. Pestana levanta uma questão que, na prática, tem acontecido, porque, mesmo não estando no Regimento, o Plenário é maior que o Regimento. Muitas vezes aprovam coisas através de Requerimento, ferindo o próprio Regimento.

Então, são essas as considerações; e gostaria de apelar à Bancada do PT para rever essa posição, para que a gente encontrasse o meio-termo, e que houvesse esse avanço nesta Emenda, que foi fruto, não deste Vereador; eu dei a sugestão, ela foi acolhida por unanimidade. Portanto, ela foi fruto de uma sugestão. Na verdade, não é uma emenda da nossa autoria, mas é uma emenda, que eu diria, coletiva. Muito obrigado, Srª Presidenta.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PR nº 114/ 04.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Ver. Margarete Moraes, Ver. João Carlos Nedel, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu pediria que, por favor, o Ver. Pestana, o Ver. Sebastião Melo e os outros Vereadores que estão interessados nesta matéria possam pelo menos ouvir a proposta que a gente tentou mais ou menos fazer, dialogando com algumas Lideranças. Eu acredito que ela seja boa, porque, afinal de contas, ela previne alguma coisa que o Ver. Pestana trouxe aqui, que poderia ser perigosa no momento em que nós estivéssemos votando algumas matérias que pudessem, em bloco, constituir algum perigo para o conjunto deste Plenário e para os interesses da Cidade, mas que eu acredito que, se nós pudermos dar uma pequena mexida e acordarmos aqui entre todos nós, para que haja uma correção na Redação Final, eu acho que isso estaria sanado. Ver. Sebastião Melo, imagine só, na Redação Final, nós vamos colocar que essa possibilidade que foi aventada, através desta Emenda, e que já acontece hoje através das emendas, possa acontecer quando existir acordo. Então, é só nós adendarmos a essa frase – à frase que está escrita ali – “quando existir acordo”. Se nós estivermos aqui todos de acordo, lá na Redação Final, nós vamos só colocar essa frase a mais, a Diretoria Legislativa já fica, na verdade, também orientada no sentido de, ao fazer a Redação Final, colocar um adendo a essa frase, quando existir acordo. E aí nós estaremos satisfazendo aquelas nossas pretensões de fazer com que as Sessões possam se tornar mais céleres, mais interessantes e, de repente, algumas matérias que não requerem grandes discussões poderão todas elas ser discutidas em conjunto, e nós votarmos aqui também em conjunto, de uma forma mais eficaz, mais rápida, deixando este Plenário com tempo maior para discutir aquelas questões que devem realmente merecer maior atenção por parte dos Srs. Vereadores.

Esta é a sugestão que faço, parece que recebeu a aquiescência do Nedel, do Sebastião, do Pestana, da Maria Celeste e do Raul. Eu acho que nós podemos realmente fazer este acordo aqui e sanarmos este problema. É só colocar no final do texto “quando houver acordo”. É só acrescentarmos isso atrás do que já está aí e pronto; nós já estaremos, acredito, todos prontos para votarmos esta Emenda.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Srª Presidenta, de acordo com o entendimento das Lideranças, fica então este adendo para ser feito na Redação Final: só colocar “sempre que houver acordo” após a frase que já está consubstanciada.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Luiz Braz, a Mesa acata o Requerimento de V. Exª.

Em votação a Emenda nº 11, destacada pela Verª Maria Celeste, aposta ao PR nº 114/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade dos presentes.

Em votação a Emenda nº 13, destacada pela Vereadora-Relatora Maria Celeste, ao PR nº 114/04. (Pausa.)

O Ver. João Carlos Nedel procederá à leitura da Emenda nº 13 ao PR nº 114/04. Se for aprovada a Emenda nº 13, fica prejudicada a Emenda nº 23.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO (João Carlos Nedel): (Lê.) Emenda nº 13: “Art. 102, § 4º - Os projetos elaborados pela Mesa, exceto os de reforma do Regimento e da Lei Orgânica, independem de parecer da Procuradoria e das Comissões Permanentes, salvo requerimento aprovado pelo Plenário solicitando audiência de Comissão Permanente".

Emenda nº 23, de autoria do Ver. Carlos Pestana. (Lê.) “Dá nova redação ao inciso XXI do art. 1º do PR 114/04 - suprima-se o parágrafo 4º, do art. 102 do Regimento Interno”. Ou seja, o Vereador suprime o parágrafo 4º, que exige para os projetos da Mesa Diretora o parecer da Procuradoria e das Comissões Permanentes.

Em votação nominal, solicitada pela Verª Maria Celeste, a Emenda nº 13, destacada pela Vereadora-Relatora Maria Celeste, ao PR nº 114/04, (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 30 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 16, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04. (Pausa.) O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, eu achava que esta matéria estava vencida. Também fizemos uma sugestão na Comissão, porque hoje a inscrição para a Pauta abre às 13h45min. Ora, a Sessão começa às 14 horas, eu acho que é razoável abrirmos as inscrições quando abre a Sessão. Então, essa é uma pequena alteração, mas acho que ela tem uma lógica, a Sessão Plenária começa às 14 horas. Os Vereadores programam-se para vir para a Sessão e para estar no plenário às 14 horas. E, hoje, o livro de Pauta abre às 13h45min. Então, nós fizemos uma proposição, e foi até consensual, mas vi, agora, que a Verª Maria Celeste, que a Bancada, fizeram uma reavaliação. Eu só queria refletir aqui, não vou usar os cinco minutos. Eu acho que também é um outro avanço, Ver. Sebenelo. Não vejo prejuízo, pelo contrário. Há de se dizer que nós vamos nos organizar melhor se for às 13h45min. Acho que é uma questão de coerência. A Sessão está abrindo às 14 horas, então, abre-se o livro de inscrição às 14 horas. E os primeiros que estiverem na Sessão se inscreverão para a Pauta. Se houver Vereador que queira chegar, aqui, às 13h30min, tudo bem, mas o livro de inscrição abrirá às 14 horas.

Então, essa é a questão colocada. Eu não vou usar os cinco minutos para discutir o tema, mas havia um certo consenso sobre isso, e, agora, a Verª Maria Celeste diz que a Bancada mudou de opinião - o que é legítimo -, mas eu quero dizer que eu mantenho a minha posição. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PR nº 114/04.

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu já tenho opinião contrária à opinião do Ver. Sebastião Melo, com todo o respeito. Na Legislatura de 1996 a 2000, era exatamente assim. Ou seja, às 14 horas, quando a Sessão estava iniciando, formava uma fila aqui na frente e uma discussão que impedia até o início da Sessão. Então, para evitar essa fila, essa demora em dar início à Sessão, resolveu-se que o livro de Pauta abriria 15 minutos antes das 14 horas. E, no meu entendimento, resolveu-se o problema. Quem quisesse falar em Pauta chegaria 15 minutos mais cedo, inscrevia-se e estava resolvido. No meu entendimento, isso ficou muito bem resolvido. Agora, querem voltar à situação anterior quando havia filas aqui na frente para se inscrever em Pauta. Eu acho que, nesse caso, no meu entendimento - respeito o entendimento de todos os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras -, há um retrocesso. Eu gostaria de manter a atual situação, qual seja, abrir o livro de Pauta 15 minutos antes do início da primeira chamada para a abertura da Sessão.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PR nº 114/04.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Verª Margarete Moraes, colegas Vereadores e Vereadoras, quero apenas explicar por que a nossa Bancada procedeu ao destaque dessa Emenda. A Bancada assim fez porque essa construção, muito singela, de 15 minutos antes foi uma construção da Bancada do Partido dos Trabalhadores que não só resolve o problema do acotovelamento na hora da inscrição na Pauta, mas faz com que o Vereador ou a Vereadora qualifiquem esse momento da discussão da Pauta. Por quê? Porque para chegar antes e se inscrever na Pauta, o Vereador é mobilizado em função de um Projeto que, com antecedência, ele sabe que está em Pauta, é seu ou de outro Vereador, ele tem interesse no tema; então, ele vem antes, inscreve-se. Logo, resolve; não é um problema de tempo que resolve o problema da fila, o que resolve o problema da fila é a intencionalidade dos Vereadores. De fato, hoje, a gente chega aqui e as pessoas já estão inscritas porque, por algum motivo, estão interessadas no tema, e, com certeza, isso qualifica o debate de Pauta; não fica ocasional: “Cheguei e vou-me inscrever na Pauta”.

A gente acha que qualificou, que resolveu pela intencionalidade do Vereador, que qualifica o debate que vai ser realizado na seqüência. Então, manter essa antecedência de 15 minutos traz esse sentido. Por isso, a Bancada destacou, vai votar contra a mudança e vai manter os 15 minutos antes das duas horas. Obrigada.

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, ouvi atentamente as diversas discussões, tanto a proposição do Ver. Sebastião Melo como a do Ver. Nedel. O Ver. Sebastião Melo coloca que não vê nenhum empecilho de ser às 14 horas, e nós também não vemos nenhum empecilho. Só que, ao mesmo tempo, o Ver. Nedel coloca que já foi, durante muito tempo, assim, às 14 horas, e o que acontecia é que os Vereadores praticamente ficavam-se digladiando aqui na frente para ver quem estava primeiro. Então, esse sistema de antecipar em 15 minutos permite uma maior facilidade. E eu sou quase sempre um daqueles Vereadores que estão aqui antes de começar a Sessão. Eu não vejo nenhum problema em antecipar quinze minutos a inscrição. Dá mais tranqüilidade. Quando começa a Sessão, os Vereadores já sabem quem está inscrito na Pauta ou na Pauta Especial, e isso facilita, evita coisas que os Vereadores que estão há mais tempo aqui já presenciaram, como na Legislatura passada, às 14 horas, quando chegava o livro, iniciava-se a discussão: “Mas quem chegou antes?” “Não, eu cheguei antes de ti. Tu chegaste depois...” Quer dizer, uma celeuma desnecessária. E esta Legislatura mostrou que são pouquíssimos os Vereadores que estão aqui às 13h45min, salvo quando há algum assunto de alta relevância, e mesmo assim não existe congestionamento.

Então, e por isso também, nós encaminhamos contrariamente. Somos favoráveis a que se continue às 13h45min.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos Pestana, a Emenda nº 16, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 03 votos SIM e 19 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 17, destacada pela Verª Maria Celeste, aposta ao PR nº 114/04, que tem o seguinte teor (Lê.): “Art. 196, § 3º - Será admitida a renovação de parte do processo de votação dos projetos, desde que respeitadas as conseqüências dessa nova votação relativamente às demais proposições integrantes do processo”. (Pausa.)

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 17, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. RAUL CARRION: Excelentíssimo Ver. João Carlos Nedel, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o espírito dessa Emenda - inclusive houve uma discussão na Comissão - é no sentido de nós evitarmos situações que já ocorreram nesta Casa, em que se vota um Projeto, por exemplo, um código de obras com 200 artigos, há votação, e em um ou dois artigos há um problema, há uma votação apertada e se quer uma renovação de votação. O que ocorre? Pelo atual Regimento, nós precisamos votar tudo de novo. No Orçamento a mesma coisa; há uma emenda que foi votada, aprovada ou não, e para aquela emenda há um pedido de renovação de votação; vamos supor que, por um voto circunstancial, aquela emenda tenha sido aprovada. Pelo atual Regimento, toda a votação do Orçamento deve ser feita de novo e isso vale para o Plano Diretor, para mil situações. Então, qual é a precaução? Que seja possível renovar a votação, mas, claro, vendo que outras conseqüências pode haver. Creio que aqui nós poderíamos, na redação final, ter a mesma solução que tivemos, Verª Celeste, para o outro Projeto que tratou da votação em bloco, desde que haja a anuência das Lideranças, que haja um acordo, porque esse é o espírito. Portanto, a correção de redação final é uma correção do espírito da Emenda, porque seria naqueles casos em que houvesse essa flagrante situação.

Eu até recordo que houve uma emenda do Ver. Garcia no Orçamento, e, através de um acordo, conseguimos renovar a votação, mostrando que há situações reais desse tipo que, no decorrer da votação, se tornam claras. Creio que esse mecanismo é interessante, mas poderíamos ter a precaução de exigir o acordo de Lideranças. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Agradeço, Ver. Raul Carrion.

 

O SR. RAUL CARRION (Requerimento): Ver. João Carlos Nedel, de acordo com o manifestado anteriormente, nós temos na Emenda nº 17 a preocupação em permitir, na votação de grandes Projetos, uma renovação não do todo, mas daquela pequena lacuna, daquele pequeno problema. Mas, de outra parte, há uma certa preocupação do Plenário, e a idéia é de que este é o espírito da Emenda, ou seja, discutida na Comissão, a redação pode até ficar incompleta, mas, na Redação Final, que possa ser corrigida com a anuência das Lideranças, isto é, havendo um acordo entre elas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Havendo a concordância das Bancadas, acolho o seu Requerimento.

Em votação a Emenda nº 17, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA pela unanimidade dos presentes.

Em votação a Emenda nº 23, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 24, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, na realidade, a intenção pode ter sido boa, mas dar continuidade a uma Comissão Parlamentar de Inquérito, no período de 15 de dezembro a 30 de dezembro, é praticamente impossível. Então, eu acho que se fosse no mês de julho tão-somente, eu acho que valeria; mas, dessa forma, eu acho que nós devemos votar contrariamente.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, esta Emenda partiu da Bancada do PT, e eu a subscrevi. Por que fiz isso? Eu me lembro, aqui, no plenarinho, dezembro do ano passado, numa reunião tumultuada, eu fui o único que dizia que nós tínhamos que continuar a funcionar a Comissão Parlamentar de Inquérito durante o recesso Parlamentar, porque, se a venda de ficha era um problema urgente, se as pessoas que morriam por falta de atendimento era um problema urgente, todas essas questões, por exemplo, são questões urgentes.

Então, se a CPI foi convocada para resolver essas questões urgentes, Ver. Nereu, não é razoável que a CPI não funcionasse no período de recesso Parlamentar. O que diz o nosso Regimento? Pode funcionar, mediante um Requerimento! Agora, esta Emenda altera: a CPI continua correndo o prazo em época de recesso, não suspende o prazo.

Então, em nome da coerência de quem participou de uma CPI, de quem era membro de uma CPI - não, não era a CPI da Saúde, era a questão do DEMHAB, Ver. Sebenelo -, do DEMHAB, Ver. Nereu, eu vivenciei aqui, mas mais do que isso, ou uma CPI é uma questão urgente mesmo e quem a pede acha que é uma coisa urgente, ou ela é instrumento para outra coisa. Se ela é instrumento para outra coisa, não contem comigo. Agora, se ela é instrumento para resolver um problema do povo, contem comigo. E, se é para resolver problema do povo, não pode parar no recesso; a fome não pára no recesso, a miséria não pára no recesso, as dificuldades não param no recesso. Então, não há de se parar. Portanto, sou favorável a esta Emenda defendida, inicialmente, pela Bancada do PT, sobre a qual fui consultado, e acho que ela é razoável. Ela tem um bom caminho, tem um bom eixo. Especialmente, eu vejo aqui, nesta Casa, muitos companheiros querendo reduzir o prazo do recesso; agora, aqui, é um bom caminho para que a gente possa, na prática, traduzir o discurso, ou seja, vamos, sim, trabalhar no recesso quando houver CPI. Porque a CPI é um instrumento urgentíssimo, Ver. Braz, e que não pode aguardar nem sequer o dezembro, o janeiro, nem o fevereiro, que se trabalhe no Natal, no final do ano e todos os dias.

Então, por essas razões, sustento favoravelmente, Verª Maria Celeste, este encaminhamento da Bancada do PT, fazendo essa alteração que tem fundamento e sustentação política para tal. Muito obrigado, Sr. Presidente, no exercício dos trabalhos, Ver. João Carlos Nedel.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Nereu D'Avila está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. NEREU D'AVILA: Sr. Presidente, no exercício dos trabalhos, Ver. João Carlos Nedel, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, lembro-me, em outras ocasiões, na Legislatura de 1982 a 1988, o Ver. Elói presidiu uma reforma do Regimento e nós participamos da Comissão. Agora, acompanhamos também alguns debates da Comissão sobre alterações no Regimento.

Esta Emenda, se partiu do PT, eu creio que o PT deve ver se reconsidera essa situação. Em tese, o pensamento é bom, a tese é boa, a de não se interromper CPI no recesso.

O Ver. Sebastião Melo referiu-se aqui à CPI do DEMHAB, por mim presidida, e quando entramos no recesso, estava ocorrendo um debate fortíssimo, alguns Vereadores quiseram continuar, mas o Regimento impediu o debate no recesso. Só que há que distinguir uma CPI: ela envolve todas as Bancadas, portanto, não é uma questão unitária, é uma questão global da Câmara. No recesso, há dificuldades reais para reunir-se, então, no fim e ao cabo, poder-se-ia desmoralizar a CPI, porque, no início do recesso, com uma CPI que tenha empolgado os Vereadores, ela poderia ainda permanecer, mas, ao longo do tempo, poderia ir fenecendo e, no final, não se reunir por falta de quórum, o que seria trágico. E quanto ao argumento de que se deve manter em casos urgentes, eu me lembro de uma vez em que houve falsidade de ingresso no carnaval e que faltava um instrumento mais adequado para a Câmara. Mas há Comissão Externa por meio da qual a Câmara pode-se manifestar, há outros mecanismos, por exemplo, a própria Comissão Representativa.

A intenção é boa, mas eu tenho temor de que, na prática, não venha a funcionar, ainda mais agora que a Câmara teve três vagas, ou seja, passará a ter 36 Vereadores, é evidente que a CPI abrangerá todas as Bancadas, cerca de 20 Vereadores, e claro que o quórum não será de 20, mas será de, no mínimo, 11 Vereadores. Enfim, não acho que seja uma boa iniciativa de a CPI funcionar no recesso.

Quero dizer, com tranqüilidade, que não é em relação à pauta de trabalho desta Câmara enfrentar no recesso, absolutamente; a Câmara de Porto Alegre é um dos poucos Parlamentos que mantém uma Comissão Representativa; a Assembléia não mantém, o Congresso não mantém. A Comissão Representativa, ao longo desses anos, sempre tem funcionado e, em caso de problemas urgentes, a Câmara não titubeia, a Câmara não tem falta de quórum nas quartas e quintas-feiras no recesso. De modo que não se pode pensar maldosamente que é a questão que no recesso tudo pára, absolutamente, e quem fala isso é quem já presidiu CPIs, já presidiu a Comissão do Plano Diretor, já presidiu Comissões importantes. Há, sim, mecanismos, nesta Câmara, que permitem que ela não fique omissa em casos de questões urgentes, ou de questões em que a população requeira trabalho imediato, respostas imediatas. Só que, repito, para finalizar, talvez se corra o risco de ficar somente a CPI funcionando junto com a Comissão Representativa, e, de repente, faltem elementos de quórum para a manutenção do debate, durante o recesso.

Alguém disse - acho que foi o Ver. Dib - que se fosse em julho, ainda procede, no recesso do verão, não procede. Não adianta nós querermos aqui colocar na teoria aquilo que, na prática, pode não funcionar. Nós estamos sendo judiciosos.

Eu cumprimento a Comissão que fez as alterações, alterações ótimas, alterações até com sentido de dinamizar, às vezes, o paquidérmico funcionamento da Câmara que deve ser mais agilizado. Mas a cautela ainda é um remédio de primeira necessidade.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu gostaria de chamar à reflexão a Bancada do Partido dos Trabalhadores, a respeito dessa Emenda que preconiza a ininterrupção da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os prazos de recesso. Por que assim procedo, Srª Presidente e Srs. Vereadores? A Câmara Municipal, e, de resto, os organismos públicos parlamentares, têm toda uma estrutura de servidores, de funcionários que ficam, até certo ponto, vinculados ao período de recesso. Quando é que tiram férias? Quando é que os funcionários públicos, como regra, e estou falando de funcionários, não estou falando de Vereadores, tiram suas férias? Exatamente no período de recesso, como regra; não como exceção. Até porque o Rio Grande do Sul, chamo a atenção dos Srs. Vereadores, tem a sua tipicidade climática, não adianta dizer que não, aqui no Rio Grande do Sul o período de férias, como regra dos funcionários, se dá, naturalmente, em janeiro, fevereiro, porque são os meses de climas favoráveis às pessoas buscarem os merecidos descansos. Esta é uma realidade irretorquível; ninguém muda isso. Isso é uma cultura que está ligada ao nosso próprio clima.

Pois bem, uma Comissão Parlamentar de Inquérito não funciona só com Vereadores, há toda uma estrutura que envolve a Comissão Parlamentar de Inquérito, são funcionários, são recursos de ordem material, toda a sociedade, todos os órgãos no Rio Grande do Sul, órgãos públicos, de certa forma, estão vinculados nesses períodos às férias. Então, nós teríamos o prosseguimento da Comissão Parlamentar de Inquérito, em muitos e muitos casos, com prejuízos. Como tratam, as Comissões Parlamentares de Inquéritos, de situações - vejam o que vou afirmar - de situações pré-determinadas, não se cria situação nova quando se processa a Comissão Parlamentar de Inquérito, ela vai em busca de um determinado alvo, já previamente detectado, o fato determinado. No curso da Comissão Parlamentar de Inquérito, poderão surgir fatos conseqüenciais, mas o fato determinado é esse que se procura, e esse não vai fugir, esse não foge, porque ele está previamente determinado.

Então, o recesso, que não são férias, insisto nessa tese, é um período em que se vê diminuída a atividade normal nos parlamentos, não são férias, tanto é verdade que as Comissões Representativas funcionam às quartas e quintas-feiras, para tratar de matérias de pequeno potencial, por assim dizer, modificativo.

Então, acho que pela natureza do nosso Estado, pelas questões de ordem cultural, geográfica e climática, as Comissões de Inquérito prosseguirem ou continuarem após o inicio do recesso, só comprometeria o andamento normal das Comissões Parlamentares de Inquérito.

Ver. Raul Carrion, o fato da Comissão Parlamentar de Inquérito é determinado, o fato não vai fugir da apreciação, porque ele é determinado. Continuar durante o recesso, altera a sazonalidade político-administrativa natural num Estado como o nosso.

Portanto, eu encaminho contra a presente Emenda, por entender que os períodos de recesso devem ficar adstritos àquelas matérias estabelecidas no Regimento e na Lei Orgânica. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. RAUL CARRION: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, na verdade, me parece que a preocupação do Ver. Carlos Pestana é justa, mas creio que está mal-formulada, até conversava com o Vereador para ver se corrigíamos isso.

Ver. Elói, gostaria da sua atenção. Veja bem, uma CPI é um instrumento muito forte da Casa para situações graves e as situações graves não têm hora, dia, mês ou semana para acontecerem, V. Exª está de acordo? Elas ocorrem. E, ocorridas, cabe a este órgão Legislativo rapidamente agir.

Digamos, Ver. Elói, que surja um caso pontual ou de corrupção, ou de malversação, ou de improbidade e a Casa instale uma CPI, como instalou para Collor, e imagine que, pelo momento, entramos no recesso do final do ano e pára tudo durante dois meses que é o tempo do nosso recesso no final do ano. O acontecimento está ocorrendo, o prejuízo para a sociedade está ocorrendo e a Câmara fica sem o seu instrumento da CPI. Então, o que eu penso: o problema não é que os prazos corram durante o recesso, porque aí, se a Comissão não está funcionando, os prazos não devem correr.

Segundo, o problema não é que todas as CPIs têm de trabalhar no recesso, porque aí o seu argumento é justo; não necessariamente. Cabe uma correção, eu creio - não sei se poderia ser da Comissão de Constituição e Justiça, que nesse caso tem sido muito frutífera -, que seria o seguinte: correrão os prazos, caso a CPI funcione durante o recesso. Não é uma exigência; é uma situação possível. E esse “caso”, evidentemente, ficaria embutido à Comissão para que julgue se os fatos, as questões que estão sendo averiguadas são de relevância muito grande, se exigem, emergencialmente, uma tomada de posição da Casa. Nesse caso, os prazos correriam.

Então, seria um artigo que admitiria a possibilidade, que também concordo que não pode ser genérico, de uma CPI persistir apesar do recesso, e evidentemente esta Casa não será leviana numa questão dessas, porque o Vereador já colocou bem: o próprio recesso é um momento para uma série de outras questões. Os próprios Vereadores muitas vezes fazem os seus trabalhos, etc. Então, eu penso - eu não sei se o Ver. Elói compreendeu a minha questão – que, às vezes não dá para interromper uma CPI; ela está com um caso grave, e ela tem de persistir. Portanto tem de contar os prazos e funcionar. Então, isso depende, senão eu votarei contrário; com a redação que está, eu votaria contrariamente, mas nós teríamos de ver se há uma maneira de salvá-la na CCJ nos casos que funcionam, e correrão os prazos. É esta a minha opinião.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta e Srs. Vereadores; Ver. João Dib, V. Exª levantou aqui uma preocupação que deve ser uma preocupação de toda a Casa, porque, afinal de contas, eu acredito que quando nós vamos chegando nesse recesso de dezembro, janeiro, realmente é muito difícil que uma Comissão possa continuar os seus trabalhos nesse período. É claro que nós não teríamos muitos problemas no recesso de julho, mas nesse recesso, agora, nós teríamos problemas. Mas acontece que pode acontecer, Ver. Nereu, de nós chegarmos no dia 15 de dezembro, e a Comissão chegar à conclusão de que se ela continuar mais um pouquinho vai poder fechar os seus trabalhos, e os membros da Comissão podem resolver que eles querem ficar trabalhando mais alguns dias. E eu acredito que isto poderia ajudar o Legislativo.

Então, Ver. Pestana, aqui, com a Verª Maria Celeste e com o Ver. Carrion, eu proponho para os Srs. Vereadores, até para que a gente possa fechar esta questão, o seguinte: se a Comissão Parlamentar de Inquérito resolver, ela terá poderes para dizer que ela não vai interromper o trabalho no dia 15, e ela, Comissão, pode dizer que vai continuar esses trabalhos. Então, o que nós vamos fazer nesta redação é apenas colocar uma vírgula, Ver. João Dib, e dizer: olha, se aprovado pela Comissão, ela pode continuar trabalhando. Se a Comissão resolver, se ela resolver, ela pode continuar trabalhando. Então, essa vírgula e essa redação nós pedimos que possa ser adendada, também, na redação final, a fim de que a gente possa ficar com uma redação mais perfeita, e o Plenário possa trabalhar, também, no caso da Comissão Parlamentar de Inquérito, de uma forma melhor.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Luiz Braz, esta Presidência acata o seu Requerimento para que seja corrigido na Redação Final, na Comissão de Constituição e Justiça.

Não há mais quem queira encaminhar.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Nereu D’Avila, a Emenda nº 24, destacada pela Verª Maria Celeste, aposta ao PR nº 114/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 22 votos SIM e 02 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 25, destacada pela Verª Maria Celeste, aposta ao PR nº 114/04.

 

O SR. 3º SECRETÁRIO (Luiz Braz): (Lê.) “Inclua-se no § 8º no art. 134 - A, (constante do inciso XXXIII, do art. 1º do Projeto), com a seguinte redação: art. 134-A: § 8º: Em cada sessão legislativa, o Vereador poderá realizar até quatro atos solenes para efetuar a entrega de títulos e premiações já aprovadas”.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 25, destacada pela Verª Maria Celeste, aposta ao PR nº 114/04.

 

O SR. RAUL CARRION: Exma Ver. Margarete Moraes, demais Vereadores, na verdade, o art. 134, modificado pela Comissão do Regimento, já colocou uma série de limitações por um consenso da Casa. Primeiro: um tipo de premiação, o Vereador só pode dar uma vez por ano: líder comunitário, líder esportivo, etc., já existia essa limitação. Agora, agregou uma outra limitação: o Vereador, em cada Sessão só pode apresentar até quatro projetos referentes a premiações e titulações, tirando o Título de Cidadão de Porto Alegre. Então, ele está limitado. Durante o ano, ele pode fazer quatro projetos. Este é o espírito da questão. Acho que, por um lado, a Emenda do Ver. Almerindo é pleonástica, e, por outro, engessadora, porque já está dito que só pode entrar com quatro projetos. Aí ele diz: “Só pode realizar quatro atos solenes”.

Vamos supor uma situação: uma personalidade, dentro dos quatro que o Ver. Nereu apresentou, não pode vir no ano de 2005 e solicita ao Vereador para vir em 2006. O Ver. Nereu esteve dentro de seus limites, apresentou quatro projetos, aprovou os quatro; pela redação do Ver. Almerindo, no próximo ano, para entregar esse Título, ele já fica limitado a três. Então, eu acho que já está determinado. Para evitar a proliferação, o abuso, são quatro. Por que tem de ser quatro atos solenes? Eu não vejo razão para isso. Acho que não contribui, não altera e atrapalha, engessa, porque essas situações que se criam na entrega, às vezes, independem do Vereador. Nesse sentido, eu fico com a redação como está na Comissão. É este o encaminhamento.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 25, destacada, ao PR nº 114/04.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: A Comissão havia-se manifestado favoravelmente a esta Emenda, pela circunstância de que, mesmo que possa parecer que ela já esteja satisfeita pelos outros regramentos existentes, também a idéia da limitação de atos solenes, etc. e tal, é de ordem prática. Porque se cada Vereador - agora são 36 - tem limitadas essas possibilidades, a prática tem demonstrado a necessidade de haver um certo rigor criterioso nesse particular. Para não tomar mais tempo do debate, eu quero dizer que neste particular eu divirjo do Ver. Carrion; eu sou favorável à Emenda.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Encerrados os encaminhamentos. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Renato Guimarães, a Emenda nº 25, destacada pela Verª Maria Celeste, ao PR nº 114/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 20 votos SIM, 02 votos NÃO e 04 ABSTENÇÕES.

Agora, Vereadores e Vereadoras, o último item que devemos votar nesta Sessão Extraordinária: votação uma a uma das emendas que não têm parecer, portanto não contemplam encaminhamento. Solicito ao Ver. Luiz Braz que proceda à leitura da Subemenda nº 01 à Emenda nº 11.

 

O SR. 3º SECRETÁRIO (Luiz Braz): (Lê.) “Inclui § 8º no art. 94 do Regimento (constante no inciso XIX do art. 1º do projeto e com proposta de alteração por meio da Emenda nº 11), com a seguinte redação: ‘Art. 94 - § 8º: Na situação prevista na letra b do § 3º deste artigo, não haverá discussão geral dos projetos, apenas encaminhamento em bloco."

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pela Verª Maria Celeste, a Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 ao PR nº 114/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 13 votos NÃO.

 Em votação a Emenda nº 22 ao PR nº 114/04.

 

O SR. 3º SECRETÁRIO (Luiz Braz): (Lê.) "Inclui a expressão 'Após a aprovação do Parecer na Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul e...' , no § 1º do art. 120, do presente Projeto de Resolução, dando nova redação nos seguintes termos:

'Art. 120...'.

§ 1º: Após a aprovação de parecer na Comissão de Economia, Finanças e Orçamento e do Mercosul e durante a Ordem do Dia não serão admitidas emendas aos projetos orçamentários, não se aplicando, nessa matéria, o disposto nos artigos 169 e 170 desta Resolução”.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Sebastião Melo, a Emenda nº 22 ao PR nº 114/04. (Pausa.)

Está suspensa esta votação.

Eu chamo o Ver. Luiz Braz para que dê as explicações.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, apenas para que o Plenário não seja iludido: essa redação já foi aprovada no texto geral. A vedação de apresentar emendas após a Comissão de Finanças e Orçamento ter analisado e dado o seu parecer, já consta do Projeto geral. O que o Ver. Professor Garcia está fazendo é apenas melhorando a redação daquilo que nós já aprovamos em Plenário.

Talvez os Vereadores estejam pensado que, agora, votando "não" a esta Emenda, estariam fazendo com que voltássemos às regras antigas. Não. A regra antiga já não está mais mantida, ela já foi alterada, já foi modificada.

O que o Ver. Garcia quer é apenas aprimorar o que já aprovamos aqui, em Plenário.

O artigo 120, já aprovado, diz: "durante a Ordem do Dia não serão admitidas emendas aos Projetos Orçamentários, não se aplicando a essa matéria o disposto dos artigos 169 e 170 desta Resolução". Vejam, isso aqui já está aprovado. O que o Ver. Garcia estava fazendo é apenas melhorar a redação, mas já aprovamos essa redação do art. 120, quando votamos aqui no texto geral.

O texto do Ver. Garcia diz: "após a aprovação de Parecer da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, e durante a Ordem do Dia não serão admitidas emendas aos Projetos Orçamentários". Ele explica melhor, na verdade, a situação. Mas a regra já está estabelecida quando votamos o texto geral. Art. 120 e a Emenda é a nº 22. E o art. 120 é o que nós votamos e já aprovamos. Eu, pelo menos, acredito que a Emenda do Ver. Garcia melhora, torna mais clara a redação.

 

O SR. ERVINO BESSON: Ver. Luiz Braz, estou tentando entender. Eu quero só dialogar com V. Exª. Nós estamos sujeitos, Vereador, a até engessar, uma Emenda.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Eu vou suspender os trabalhos e proponho que V. Exas conversem e entrem em acordo com relação ao espírito da Emenda.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 18h06min.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 18h09min): Estão reabertos os trabalhos.

Antes de passarmos para a votação da Emenda em tela, eu quero relembrar aos Vereadores e Vereadoras que amanhã, às 10 horas, haverá Reunião de Mesa e Liderança aberta a todos os Vereadores, como sempre, para tomarmos uma decisão em relação aqueles Projetos que ficaram pendentes na última Sessão, os quais foram colocados em Pauta, mas não puderam ser votados.

Também gostaria de convidá-los para, amanhã, às 16 horas, o descerramento da placa que denomina Plenário Ana Terra o Plenarinho desta Casa.

Às 16h30min, haverá um coquetel de confraternização entre funcionários e Vereadores, além da homenagem aos Vereadores que, pelas mais diversas razões, despedem-se nesta Legislatura da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Às 20 horas, no Teatro Glênio Peres, com iluminação cênica e nova sonorização, haverá a apresentação do Músico Felipe Azevedo.

Na quinta-feira, às 18 horas, haverá a apresentação da peça Antes de Cristo, Depois de Cristo, da Companhia de Arte Shekinah, no Teatro Glênio Peres.

O Ver. João Carlos Nedel me relembra que às 11 horas do dia 21 de dezembro haverá Missa na Capela aqui da Câmara.

Em votação a Emenda nº 22 ao PR nº 114/04. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h12min.)

 

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